tag:blogger.com,1999:blog-75968147973682280042024-02-03T09:01:30.611-08:00Do Sonho ao ProjectoArtigos de opinião de autoria de Vasco Espinhal Otero, desde Setembro de 2000, para conhecimento geral.
Objectivo: expôr perspectivas críticas, estudos teóricos e aplicações práticas relacionadas com áreas como a Gestão de Recursos Humanos e de Organizações, Psicologia, Cidadania, Análise Social, Política e Cultural, entre outras.
Visões, por vezes, empíricas, mas sustentadas sobre factos e fenómenos do quotidiano. De forma acessível, pertinente e sempre que possível inovadora.Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.comBlogger124125tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-45448730424161420292023-11-15T03:15:00.000-08:002023-11-15T03:15:45.480-08:00O LEGADO DO MOVIMENTO ARTÍSTICO EFERVESCENTE<p></p><p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"></p><div class="separator" style="clear: both; font-family: Arial, sans-serif; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2NAjeUBneAQVPXd1GzEM6wRgYgXlG2-LjPr9bzXZLgxpMVMmwJSegHHW-oXO7JUUc4xJXKwNV_yi6vbi7FTGPiSEs0kZgrUdBRp5-9i04YnASHFYo7We3S2uzJdxSbDu7b3L9evbHhhijnTjQstYLpOXt0D97Y-rb-EWMn73JVWXfojZqVJ0I9btls3gW/s960/Imagem%20para%20artigo%20Efervescente.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="959" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2NAjeUBneAQVPXd1GzEM6wRgYgXlG2-LjPr9bzXZLgxpMVMmwJSegHHW-oXO7JUUc4xJXKwNV_yi6vbi7FTGPiSEs0kZgrUdBRp5-9i04YnASHFYo7We3S2uzJdxSbDu7b3L9evbHhhijnTjQstYLpOXt0D97Y-rb-EWMn73JVWXfojZqVJ0I9btls3gW/s320/Imagem%20para%20artigo%20Efervescente.jpg" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"> Há quase uma década atrás, gerou-se um movimento artístico
e cultural no concelho de Cantanhede denominado coletivo
Efervescente, formado por pessoas ligadas a várias artes e ofícios
nascidos e/ou residentes no nosso concelho que queriam cruzar
conhecimentos e criar produtos artísticos originais aqui e com recursos de
cá.<o:p></o:p></span><p></p><p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p>
<p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;">Os seus elementos quiseram contrariar a lógica de ter de ir
lá para fora para se poder assistir e/ou criar espetáculos diferentes e
que, paradoxalmente, só mais tarde já consagrados, são (quando o
são) recebidos por regiões como a nossa. A visão foi (e continua a ser)
poder “gerar e depois exportar” a arte criada no nosso concelho, ligando
tradição e inovação de forma genuína, arrojada e diferenciadora e, assim,
acrescentar referências a Cantanhede no mapa.<o:p></o:p></span></p><p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p>
<p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;">Sem ter oficialmente sido formalizada como agência,
produtora, programadora ou associação cultural, sempre devolveu atividades
nesse âmbito, como programação artística e produção técnica em inúmeros eventos
e edições como a passagem de ano na Praia da Tocha, o Festival Rock Of, Festa
d´Anaia, Olhos Music Fest, Magnólia Efervescente, Festas Fulminantes no CCRPena,
Pedreira Efervescente, entre outros. Mais do que fazer, interessava a forma
como se queria fazer, dando prioridade à promoção do valor artístico de bandas
de originais emergentes da região como <i>Senhor Doutor</i>, <i>Dalla Marta</i>,
<i>Salvador d´Alice</i>, Eduardo Martins, <i>Gypos, de </i>DJ´s talentosos que
cá vivem como <i>Sylvain Barreto</i>, <i>DI Vision</i> ou Le <i>Cirque du Freak
e de artistas visuais como Patarra, Vanessa Rodrigues e Cató Ilude.</i><o:p></o:p></span></p><p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: arial;"><br /></span></i></p>
<p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;">Também a coragem de deixar de lado opções mais óbvias como
bandas de baile ou de <i>covers,</i> apostando sim na multiculturalidade
musical, como o exemplo do folk guineense dos <a href="https://www.facebook.com/mmaiomaio?__cft__%255b0%255d=AZWvrqjrKlvvE-_ers5-t8TEApEjzI_xUvzNAWMYcFuYoWn3wfNNcOBFN-VmAlgu-sfOJxoN229JFg7xGr-vGQlaAnnvmfJAqLntcQhFPnWhj9736r552KXnWA0hp9DVHWc&__tn__=q"><span class="Hyperlink0"><span style="color: black; text-decoration: none; text-underline: none;">Maio Coope Djumbai Djazz</span></span></a><span class="Nenhum">,
a eletrónica nacional de </span><span class="Hyperlink0">Ghost Hunt</span><span class="Nenhum">, o punk conimbricense de Victor Torpedo, o rock das <i>Black
Wizards,</i> a música africana de Celeste Mariposa entre muitos outros. Lisboa,
Porto, Coimbra, Gouveia, entre outros destinos no nosso país também não
tardaram a receber iniciativas dirigidas por elementos deste movimento que não
teve receio de arriscar para construir prestígio com personalidade própria. </span><span class="Nenhum"><o:p></o:p></span></span></p><p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Nenhum"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></p>
<p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;"><span class="Nenhum">Hoje em dia, é muito importante
esclarecer que projetos culturais como a Lúcia-Lima Associação Cultural em
Cadima, a Festa d´Anaia na Pena, Catraia na Praia da Tocha, os filmes e
cine-concertos das “4ª Clássicas” em Cantanhede, em parte o desenvolvimento do
próprio CineClub Bairrada, entre outros têm, de uma forma ou de outra, essa
origem e inspiração comum que continua a dar frutos: sim, a Efervescente! </span><span class="Nenhum"><o:p></o:p></span></span></p><p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Nenhum"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></p>
<p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;"><span class="Nenhum">Foi também por aqui que surgiu
o projeto “Cabra Cor de Rosa”, cujo conceito passa pela ligação entre
música, sonoplastia, poesia, entre outros ambientes sonoros como companhia
para cinema, vídeo, fotografia, pintura, entre outras formas de expressão.
A sua obra mais ambiciosa, a longa-metragem “Epopeia Gandareza”, que tem sido
alvo de algum reconhecimento nacional e internacional, também nasce
precisamente neste processo e neste contexto. Não é portanto um evento isolado,
é também ela uma expressão das artes deste movimento. </span><span class="Nenhum"><o:p></o:p></span></span></p><p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Nenhum"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></p>
<p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;"><span class="Nenhum">Ora, tal como as pinturas de Picasso
foram apenas uma das representações do movimento artístico do Cubismo, os
filmes de Fritz Lang foram só uma das formas do Expressionismo Alemão, a
carismática banda “Ena Pá 2000” foi meramente uma das expressões do movimento
artístico português conhecido como Homeoestética ou o cinema do Von Trier foi
somente um dos produtos artísticos resultantes do movimento “Dogma 95”, também
os bons exemplos de projetos culturais que surgiram nos tempos mais recentes no
concelho de Cantanhede que atrás referimos são, nesta perspetiva, “filhos” do
Movimento Artístico Efervescente.</span><span class="Nenhum"><o:p></o:p></span></span></p><p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Nenhum"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></p>
<p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;"><span class="Nenhum">E o que é afinal um movimento
artístico? Trata-se de uma tendência ou estilo em arte com uma filosofia ou
objetivo base comum, seguido por um grupo de artistas, partir de determinada
altura e durante um determinado período de tempo (meses, anos ou décadas) e, em
alguns casos, descrito por um manifesto, concretizado na forma de documento.
Foi o caso da “Efervescente” cujo documento escrito chegou até a ser lido ou
declamado publicamente na Praia da Tocha, no mítico Piolho, assim reza a lenda…</span><span class="Nenhum"><o:p></o:p></span></span></p><p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Nenhum"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></p>
<p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;"><span class="Nenhum">A poetisa Natália Correia dizia que o
melhor que o 25 de Abril trouxe foi a possibilidade das pessoas se organizarem
e é claro que também este movimento artístico teve uma componente social /
coletiva transversal. Teve práticas, linguagens, códigos e símbolos próprios,
sejam conscientes ou inconscientes, feitos por… pessoas. Essas caras têm rosto
e correndo o inevitável risco de esquecer alguém (por isso peço desculpa
antecipadamente) julgo ser importante reconhecer quem esteve lá e participou
ativamente num processo que teve o seu toque de ideologia utópica, mas também
de concretização pragmática.</span><span class="Nenhum"><o:p></o:p></span></span></p><p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Nenhum"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></p>
<p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;"><span class="Nenhum">Pessoas como Johnny Gil, Luís Cebola,
Hugo Guerra, Vanessa Rodrigues, Diogo Marques, David Breda Silva, eu
próprio, Sérgio Costa, João Toscano, Vasco Faim, Vasco Carvalho, Cató, Eduardo
Martins, João de Matos, Pilú, João Costa, Francisco Faria entre outros.</span><span class="Nenhum"><o:p></o:p></span></span></p><p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Nenhum"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></p>
<p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Nenhum"><span style="font-family: arial;">A valorização do legado do Coletivo
Efervescente por parte da nossa região é devida e merecida. O presente e o
futuro são o passo seguinte. <o:p></o:p></span></span></p><p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Nenhum"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></p>
<p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Nenhum"><span style="font-family: arial;">A aposta neste potencial de
experiência e inovação para um nível mais elevado de exposição e responsabilidade,
no desenvolvimento de caminhos culturais, artísticos e sociais, é o passo
seguinte. Esperemos que seja aproveitado, a nossa “prata da casa” merece.</span></span></p><p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Nenhum"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></p><p style="background: white; line-height: 150%; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span class="Nenhum"><span style="font-family: arial;"> “<i>Andamento!”</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></p><br /><p></p>Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-69423603683592441482020-12-29T07:41:00.000-08:002020-12-29T07:41:00.261-08:00A CULTURA DO MONO-TALENTO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrPORzRyexAnh-PqueTiwho8zFlnylTkqZ9IBpuXMTpp_IZ9j5zUuqPJXQ9759O-syrxpp31HqVpS-I6epTzfDTPxuT_X73Oizz5qFgSI_e_Ihwu-VYslEI3jkeBbFUJGzAYtZ-RqZDCIT/s2048/DSC_0054.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrPORzRyexAnh-PqueTiwho8zFlnylTkqZ9IBpuXMTpp_IZ9j5zUuqPJXQ9759O-syrxpp31HqVpS-I6epTzfDTPxuT_X73Oizz5qFgSI_e_Ihwu-VYslEI3jkeBbFUJGzAYtZ-RqZDCIT/s320/DSC_0054.jpg" width="320" /></a></div><br /><div><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;"> Costuma ouvir-se que todos
temos jeito para alguma coisa. Julgo que há que o dizer no plural, pois todos
temos inevitavelmente muitos talentos, não só para uma coisinha. Quando nos
concentramos só num talento, corremos o risco de nos acontecer o que acontece
na agricultura quando se cultiva apenas um tipo de planta, esgotando no solo os
minerais de que esta precisa.</span></div><div>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Se procurarmos explorar os
nossos vários talentos, também poderemos possivelmente funcionar melhor. Tal
como sucede na agricultura quando se varia a exploração dos minerais, de forma
a que estes não se esgotem, podendo, por vezes, uma pausa ou poisio também ser
uma solução adequada.</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">No entanto, costuma dizer-se
que “quem muitos burros toca, algum deixa para trás”. Porém, não conterá este
provérbio, em parte, um limite ao desenvolvimento de cada indivíduo e da
sociedade em que está inserido?</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Não comportará esta crença
generalizada um constrangimento ao potencial que advém do cruzamento de
processos e produtos entre campos diversos? Não se estará a negligenciar a
efetiva possibilidade de partilha de conteúdos entre diferentes áreas? </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Quem pode com certeza dizer
que é impossível um método, aplicado numa área, poder ser adaptado a uma área
distinta e constituir uma solução para problemas aparentemente impossíveis de
ultrapassar? </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Fará sentido abdicar à partida
do lucro mútuo para o progresso de campos aparentemente distintos, com soluções
que sobram num lado e faltam noutro? Não se estará a pôr de lado os benefícios
decorrentes da transversalidade do conhecimento e das culturas (sejam
científicos, sejam da vida quotidiana)?</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Como exemplo de contraponto,
recordo-me de um famoso jogador de futebol que disse que fazer puzzles e
praticar xadrez (tinha sido inclusivamente campeão no seu país quando mais
jovem) o ajudavam a jogar melhor à bola.</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Há que então referir que a suposta
mediocridade associada, na vida quotidiana, à variedade, à polivalência mediana
e ao experimentalismo é, no geral, talvez um pouco subvalorizada ou
incompreendida. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Senão vejamos que, por
exemplo, Albert Einstein tinha negativa a Matemática (ou melhor dizendo:
naquela visão da Matemática…) na escola e pela mera lógica do “ser top” nunca
teria sido um génio da física e apresentado visões que a normalidade não
atinge.</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Poderemos pensar que este caso
se trata de uma exceção e não de uma regra, mas teremos também de ter em conta
que a criatividade e a inovação provêm do erro e do mal feito que, porventura,
pode levar a evoluções ou revoluções interessantes, enfim, à ciência.</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;"> </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">(*) Psicólogo das Organizações / Gestão de
Recursos Humanos / Desporto / Orientação Vocacional</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Leia todos os artigos na Internet em:
www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com</span></p>
</div>Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-14246225015608626602020-12-29T07:35:00.002-08:002020-12-29T07:35:45.905-08:00TUDO CINCOS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYevTk6H6eAbfFEsmtD7mPz6wF6kkpMLSM-sKtlyFnvABOhAu5r92eWljVG7-8tZVaEPmqbEzvfV82slKpgqYlDDXvSXaae1uwNGRp8ihgnSAdaWUjhm6qERLxgqCZQ7om9Tnej6sd5Ou-/s2048/DSC_0033.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYevTk6H6eAbfFEsmtD7mPz6wF6kkpMLSM-sKtlyFnvABOhAu5r92eWljVG7-8tZVaEPmqbEzvfV82slKpgqYlDDXvSXaae1uwNGRp8ihgnSAdaWUjhm6qERLxgqCZQ7om9Tnej6sd5Ou-/s320/DSC_0033.jpg" width="320" /></a></div><div><br /></div><div><br /></div><div>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">No nosso dia-a-dia,
naturalmente emitimos juízos sobre o mundo à nossa volta. Objetos, tarefas, ações,
capacidades, produtos ou pessoas são obviamente avaliados por nós. Por não
conseguirmos encaixar conscientemente toda a imensa informação que absorvemos, acabamos
por criar categorias de informação-tipo: os chamados estereótipos. </span></p>
</div><div>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Quando nos deparamos com algo
novo no ambiente que nos rodeia e que temos de analisar, esta organização de
informação por “gavetas” disponível no nosso cérebro ajuda-nos, na medida em
que nos permite ir “digerindo” mais rapidamente a realidade do que se não o
tivéssemos estas categorias prévias.</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Este processo de análise e
decisão (em parte efetuado à priori) não é por si disfuncional para o ser
humano. Poderá somente revelar-se perigoso para nós e para os outros se
pegarmos nos estereótipos e os generalizarmos, de forma acrítica, não tendo em
conta a especificidade de indivíduos e contextos. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Inevitavelmente cada pessoa é
única e cada situação é diferente. A tolerância é, em grande parte, ter esta
noção. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">No entanto, por vezes caímos na
tentação facilitista de enveredar por induções (pegar um mero exemplo e
generalizar) e/ou deduções (usar um estereótipo para julgar um caso particular).
É preciso ter calma para não entrar em “piloto automático” de estereótipos (que
quando escudado por um ego de certezas absolutas se torna preconceito) e se ser
displicente, insensível, injusto…</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">A este propósito, lembro-me de
um caso de um aluno que na escola merecia “cinco” (nota máxima) a muitas
disciplinas, mas que era muito fraquinho a uma ou duas. No entanto, na
avaliação final do ano letivo feita pelo grupo de professores das várias
disciplinas, na pauta surgiu também com nota máxima a essa cadeira, de modo a
perfazer o “tudo cincos”. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">O rapaz ficou primeiramente
orgulhoso ao ver os resultados no quadro. Porém, refletindo sobre a situação, à
medida que o tempo foi passando, começou a sentir-se desconfortável com a ideia
de ter sido favorecido sem o merecer. De facto, tanto ele como os seus colegas
de turma, sabiam que a realidade era, na verdade, diferente do que tinha sido
descrito no papel. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Olhando com serenidade para o
caso, pensamos: qual era o mal em ter tido nota negativa naquela e/ou noutra disciplina
se, de facto, era essa a medida do seu desempenho? Compor as coisas para ficar
com “cinco a tudo” terá sido uma boa medida (mesmo que com boas intenções)?</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Cada caso é efetivamente um caso, de facto,
contudo este exemplo apenas serve de ponto de partida para abordarmos uma
questão mais profunda ao nível de sociedade. Tem a ver com um chavão que vemos
aplicar no dia-a-dia de forma muitas vezes automática. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Ora, por que razão é que quem
é bom ou mau nalgumas coisas também assim terá de ser para as outras ou até mesmo
para tudo o resto? </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Não será esta visão mais uma
extensão de um divisionismo entre os fortes e os fracos numa expressão social
darwinista, que tantos danos tem causado ao longo da História?</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Não será por estes meios que,
por exemplo, se criaram no passado elites sociais que seriam os “tudo cincos”
que depois tinham de ir para Medicina, mesmo que a sua vocação não fosse essa? </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Sejamos claros, não é possível
ser bom a tudo tanto quanto é impossível ser mau a tudo. Há sempre talento para
várias coisas (sim, plural e não um mero singular), embora possa não ser fácil
discernir pelo próprio e/ou identificar pelos outros.</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Concluindo, saber os nossos
pontos fortes, pontos fracos e tentar melhorar no que for possível pode muito
bem resumir a essência do crescimento pedagógico e isso é o mais importante!</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;"> </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">(*)
Psicólogo das Organizações / Gestão de Recursos Humanos / Desporto / Orientação
Vocacional</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Leia
todos os artigos na Internet em: www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com</span></p>
</div><div><br /></div><div><br /></div>Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-89670454951360011932020-12-29T07:28:00.000-08:002020-12-29T07:28:31.908-08:00TALENTUM<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnvGA_3msdUea35wrcl4O1UolM23CTj7pF4IPcZLgETpw5cPCu-Dje2RYMeXGSSAycXMQQZR6PRBwMAvHgCKnB6Hc7TQvj7y7PbQtkDptnWFdVo6WM-IwlVGp8WxAqbSNnm6mlGnzn8-Xq/s2048/DSC_0075.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnvGA_3msdUea35wrcl4O1UolM23CTj7pF4IPcZLgETpw5cPCu-Dje2RYMeXGSSAycXMQQZR6PRBwMAvHgCKnB6Hc7TQvj7y7PbQtkDptnWFdVo6WM-IwlVGp8WxAqbSNnm6mlGnzn8-Xq/s320/DSC_0075.jpg" width="320" /></a></div><div><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;"><br /></span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Talento pode ser descrito como
aptidão natural ou, em parte, adquirida, engenho, disposição, habilidade, no
fundo ter jeito para qualquer coisa específica. Este pode ser mais ou menos (pessoalmente
e/ou socialmente) valorizado, consoante o tipo de produtos e/ou valores que
produza e que façam sentido para a pessoa e/ou para a sociedade em que está
inserido. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Na valorização funcional de um
talento, muitas vezes, as avaliações pessoais e as avaliações sociais são
semelhantes. Mas e quando não são? E quando uma pessoa sabe ou descobre que tem
bastante talento para uma área específica, que a todos os que a rodeiam parece
uma fantástica carreira a seguir e, mesmo assim, esta prefere não a usar?</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Lembro o caso da estrela do
basquetebol Michael Jordan que abandonou a prática desta modalidade, dizendo já
não sentir prazer e motivação no jogo e enveredou por uma carreira muito menos
brilhante no basebol, algo que gerou a estupefação dos media, no geral.</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Porém, se o desenvolver e
rentabilizar de um talento implicar fatores como, por exemplo, viagens
constantes, invasão de privacidade, horários prolongados, trabalho solitário ou outro
constrangimento qualquer e se a pessoa não obtiver prazer na atividade
(motivação intrínseca) e/ou achar que ter que lidar com esses fatores não é um
prazer e/ou que não vai compensar nos benefícios posteriores (ex: dinheiro,
férias, acessos privilegiados, entre outros) que irá obter (motivação
extrínseca) talvez a decisão de abdicar possa agora parecer, de facto, mais
compreensível. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Torna-se claro que há que ter
em conta os valores pessoais que cada um tem também para a sua vida. Ora, adotando
esta perspetiva, qual é afinal o mal de não se fazer aquilo em que se é “craque”?</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">A dificuldade social / humana
que temos em comunidade na abordagem, de forma aberta e natural, aos talentos
terá eventualmente a ver com a sua quase imediata associação a um produto que
pensamos ser único: o dinheiro. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Na verdade, só dissociando
talento e dinheiro não teremos o reflexo de catalogar como “burrice” o abdicar de
uma carreira de milhões. No entanto, curiosamente, a palavra talento vem do
latim <i style="mso-bidi-font-style: normal;">talentum</i> que era o nome dado a
uma moeda da Antiga Grécia e outros povos orientais. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Ou seja, esta associação
errónea já vem de longe…</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;"> </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">(*)
Psicólogo das Organizações / Gestão de Recursos Humanos / Desporto / Orientação
Vocacional</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Leia
todos os artigos na Internet em: www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com</span></p>
<p style="margin: 0px 0px 11px;"><span style="font-family: Calibri;"> </span></p>
</div>Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-39079845323865097362020-12-29T07:21:00.002-08:002020-12-29T07:21:17.420-08:00OS TALENTOS DE CADA UM
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhspG7YV21CPa7L6gcxZa-3VewQ1mftTU9uRKrNEG2LsMtslxEfkvHLsF33svhw8cB9S_xyrHvQ6By5Lw8nVLLNngKen0mQvbllF7gJjLKTQKKMvkyq-sNGPK6BTRZ5uhX83dkupsJ005K9/s2048/DSC_0055.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhspG7YV21CPa7L6gcxZa-3VewQ1mftTU9uRKrNEG2LsMtslxEfkvHLsF33svhw8cB9S_xyrHvQ6By5Lw8nVLLNngKen0mQvbllF7gJjLKTQKKMvkyq-sNGPK6BTRZ5uhX83dkupsJ005K9/s320/DSC_0055.jpg" width="320" /></a></div><p></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;"><br /></span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Cada vez mais acredito que a
nossa personalidade está definida à nascença, através do nosso mapa genético, e
que, ao longo da vida, vamos, de acordo com o ambiente que vivenciamos,
encontrando várias maneiras de a exprimir. Tendo em conta o seu impacto em nós
e em quem nos rodeia, vamos fazendo (consciente ou inconscientemente) a nossa
seleção de padrões para a expressar em situações-tipo. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Inevitavelmente, vamos
catalogando contextos, para uma maior eficácia e eficiência do nosso
processamento de informação, e antecipando cenários e consequências. Daí
dizer-se que os mais velhos têm mais experiência.</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Porventura, o nosso desafio de
maturidade, enquanto indivíduos, estará somente em conhecer cada vez melhor a
nossa personalidade, aceitá-la, aprender a lidar e até brincar com ela.</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Nesta lógica e adotando uma
visão de orientação vocacional, é claro que é interessante saber o mais cedo
possível que coisas um ser humano gosta de fazer e as áreas para as quais tem
jeito, de facto. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">No entanto, numa perspetiva
mais holística, mesmo com os benefícios do conhecimento agora adquirido, não
interessa só o que se descobriu ou tornou claro naquele momento de avaliação
vocacional. Há também muito por descobrir ao longo de toda a sua vida. Depois
daquele momento, terá o seu passado e presente com certeza, mas também muito
futuro ainda por descobrir, no que respeita a interesses, capacidades,
contextos, etc. E a vida comporta muitas surpresas, de facto.</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Ter jeito para isto ou para
aquilo é popularmente associado a ter talento para qualquer coisa. Uma aptidão
natural ou, em parte, adquirida, disposição ou habilidade pode ser mais ou
menos valorizada socialmente, consoante o tipo de produtos e/ou valores que
produza. Por exemplo, talento para cantar e talento para fazer <i style="mso-bidi-font-style: normal;">bricolage</i> têm importâncias sociais
distintas.</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Os talentos para algo em
específico são desenvolvidos se o contacto com o contexto em que eles podem ser
verificados estiver presente. Se não surgir esse contexto, a pessoa pode nem
sequer saber que tem esse potencial. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Por exemplo, se o Cristiano
Ronaldo, com o seu talento para o futebol, tivesse nascido na Índia, onde o
críquete é o desporto mais incentivado e popular, provavelmente não teria sido
futebolista, pois essa capacidade não teria sido descoberta e/ou estimulada. O
mesmo pode acontecer com qualquer pessoa. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">No que ao potencial humano diz
respeito, a passagem da ignorância ao conhecimento somente se efetua pela
experimentação. É assim na ciência, é assim na vida quotidiana. Trata-se de um
caminho de paciência, persistência e fé. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;"><span style="margin: 0px;"> </span>Uma procura ativa em que é preciso explorar
campos desconhecidos, tomar opções inesperadas, arriscar a dar muitos passos no
escuro, aparentemente sem sentido algum, empurrarmo-nos para fora de aparentes
zonas de conforto até chegarmos, de repente, a algo diferente do normal e surgir...
um milagre. É isso mesmo que sentimos nesse instante. Quando se chega a esse ponto
de descoberta e se olha para trás vê-se que valeu a pena, que tinha que ser
assim para ser… especial.</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Atentemos que não se aplica só
a alguns ou que só acontece aos outros. Não há aqui toque de Midas ou acesso
limitado para iluminados, pois inevitavelmente cada um de nós possui vários talentos:
uns já foram descobertos, outros estão ainda por descobrir.</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Assim sendo, quem achar que
não tem talento para nada que se desengane, pois pode somente não ter
encontrado até então contextos que permitam que eles se exprimam. Falamos de
todo o seu percurso de vida, não só quando jovens…</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Algumas pessoas poderão dizer
que só têm descoberto em si talento para coisas que não valem a pena ou não
servem para nada. Aqui já estaremos no campo dos valores sociais / pessoais ou
aplicações funcionais, enquanto possível área de negócio por exemplo. Deixo uma
pista para não desmoralizar: há sempre maneira… E quanto a “bitaites” e
opiniões: “a de todos ouvirás, só a tua seguirás”.</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Acima de tudo, esta malha de potencial
por conhecer dentro de cada ser humano revela-se tão fascinante quanto
enigmática ao imaginarmos no que poderemos estar, por enquanto, a ignorar, não
aproveitar e/ou perder. </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Há que aproveitar a vida para
ir descobrindo…</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="color: #00b050; font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;"> </span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">(*)
Psicólogo das Organizações / Gestão de Recursos Humanos / Desporto / Orientação
Vocacional</span></p>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Leia
todos os artigos na Internet em: www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com</span></p>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-79072937564000073732020-12-29T07:16:00.004-08:002020-12-29T07:16:45.685-08:00DIZER AS COISAS NA HORA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigf-dmUol52laojb-kS1V29qBlBykx7NbaApyjsQuWdc6o73IWautx_jGw4ov4jeee8QuDaxZoC1vDAh4CSNYr3NDUSPwBnlQRy-iVBY3jleET-Eqh35wKgyOdju73Wf5EVCuJz6Ac0Z90/s2048/DSC_0006.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigf-dmUol52laojb-kS1V29qBlBykx7NbaApyjsQuWdc6o73IWautx_jGw4ov4jeee8QuDaxZoC1vDAh4CSNYr3NDUSPwBnlQRy-iVBY3jleET-Eqh35wKgyOdju73Wf5EVCuJz6Ac0Z90/s320/DSC_0006.jpg" width="320" /></a></div><div><br /></div><div>
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Com as catástrofes naturais e
artificiais que têm acontecido nos últimos anos, em Portugal e no resto do planeta,
as pessoas parecem, no geral, estar obviamente mais ansiosas. Algumas podem até
denotar sinais de pânico, ânsia de controlo, raiva e/ou depressão. No caso
particular das contingências por causa do vírus covid 19, é certo que a convivência
limitada pelo espaço e pelo tempo, assim como a progressiva dependência
tecnológica e digital, condicionam a socialização entre as pessoas. </span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Devido a estes atuais momentos
de apreensão, temos, nesta fase, a tentação de achar que há uns tempinhos atrás
tudo era tão bom a nível de convivência em sociedade e que agora é que as
coisas estão más. Mas seria efetivamente tudo assim tão cor de rosa
anteriormente?</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Ao pensar nisto, lembro-me um
filme de Alfred Hitchcock sobre um grupo de pessoas de contextos sociais
diferentes que partilhava um bote salva-vidas, após o navio em que se
encontravam ter naufragado, e que quando se viram sem água para sobreviver uniram-se
muito. Chegam a amaldiçoar as guerrilhas sociais que os dividiam no passado, em
jeito de lição para a humanidade. Só que depois são salvos e voltam para as
suas vidas com os hábitos de antigamente…</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">De facto, já antes nem tudo
era um mar de rosas no que respeita à convivência social quotidiana na nossa
sociedade. Não me refiro a regras de etiqueta, tainadas ou camaradagem de
festas, nada disso. Refiro-me mais ao pormenor do que é conviver socialmente
com a maior genuinidade, respeito e tolerância possíveis, numa análise mais
sensível, enfim até talvez utópica.</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Sigam-me então. Ora, se virmos
com calma, parece que, porventura mais nas últimas décadas, temos vivido numa
era em que a nível mediático e popular se valoriza muito o dizer as coisas cara
a cara, a tal frontalidade, ali no momento, seja propriamente num local físico,
seja a nível virtualmente via redes sociais. </span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Neste tipo específico de
interações sociais de intensidade e decibéis elevados, a forma é a grande
força, já o conteúdo depende muito… Umas vezes parecem elaborados jogos táticos
com argumentos sofistas, outras vezes meras trocas diretas de “bocas” recheadas
de adrenalina. Frieza implacável, agressividade histriónica, tudo é muito
rápido e, ali naqueles segundinhos, não há tempo para respirar, ponderar,
analisar, nem sequer para ouvir ou respeitar. Ter dúvidas e ceder é associado a
derrota. O nosso ego quer ganhar e para isso há que ser intransigente.</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Dá a sensação que ser frontal
(desta forma) é que é ser o maior ou ser “top”! É-nos servido este como único
contraponto à falsidade, mesquinhez, cobardia, enfim. Se não és assim, é
porque…Não serves.</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Nesta lógica divisora darwinista,
os vencidos são apontados como frágeis, sensíveis, enfim, fracos que não têm a
fibra necessária para mandar e ter razão. Dizem que é o chamado instinto
matador e que as decisões a sério são tomadas assim. Aparentemente, esta característica
somente correrá nas veias dos líderes (ou chefes), os “maiores da cantareira”
que arrumam com os outros. Ou se tem ou não se tem, dizem-nos algo do género:
“é assim a vida, temos pena, ponto final”.</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Faço aqui um parêntese para dizer
que, na minha opinião, instinto e intuição não são de forma alguma sinónimos. Passo
a explicar o meu ponto de vista. Muitos cientistas enaltecem o poder do uso e
confiança na intuição para tomar boas decisões. Contudo, geralmente referem-se
apenas a um momento de climax emocional, com que termina um inevitável processo
de análise de dados, feito a nível consciente e inconsciente ou não fosse a
intuição algo mais abrangente do que a razão. Sim, a intuição é muito mais
profunda e completa do que um instinto de gatilho rápido…</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">O que é certo é que parece que
socialmente nos habituamos a enaltecer, espreitar, aturar ou calar estes duelos
sociais ao vivo, na televisão, computador ou telemóvel. Porém o <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Karma</i> é tramado e não há caçador que não
se torne presa nalgum momento. Com efeito, não se pode ganhar sempre, pois
todos os aparentes Golias encontram os seus Davides, embora isso possa ser
ocultado pelo orgulho da imagem social… Sim, qualquer ser humano pode ser
Golias nuns contextos e David noutros. Em termos teóricos, qualquer um de nós é,
em potência e dependendo das circunstâncias, capaz do melhor e do pior que a Humanidade
já viu.</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Agora sejamos sinceros e
olhemos para dentro. Na nossa vida pessoal, já todos sentimos que numa
conversa, debate ou troca de meros pontos de vista muitas vezes não conseguimos
responder na hora, naquela altura certa. Parece que paralisamos, engasgamo-nos,
bloqueamos, amedrontamo-nos e sentimos logo nesse instante que… já fomos. </span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Se mais tarde tentamos voltar atrás,
a esse tema ou conversa, a esse momento afinal, somos logo, de uma forma ou de
outra, avisados que isso já passou e que devia ter dito as coisas na hora,
agora já não vale a pena. E isto chateia-nos ainda mais… É certo que nem tudo é
assim tão importante quanto isso, por vezes as coisas passam e já nem nos
lembramos mais, após algum tempo. No entanto, há outras vezes… </span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Que raio, há situações que não
esquecemos, seja por orgulho, injustiça, pena, ciúme, raiva, parece que a nossa
vida podia ter sido diferente se tivéssemos reagido de outra maneira. Seja logo
depois, de vez em quando ou ao longo do tempo, ficamos ali a remoer o sucedido
com os pensamentos, planos, gestos e posturas que podíamos ter tido para fazer
boa figura. Perdemo-nos a construir realidades alternativas, mas acabamos por
nunca dar o final feliz perfeito, pois… já não dá.</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Isto acontece quando
encontramos algum tipo de pessoas que, por uma questão de primeira impressão,
personalidade ou nem sabemos bem porquê, mas não conseguimos encaixar, relaxar
na sua presença, ser racionais e evitar que só as emoções em bruto tomem conta
de nós.</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Com outras pessoas, já não
funcionamos bem assim, as coisas saem certas na hora certa, o raciocínio flui, sentimo-nos
à vontade por não nos sentirmos atacados e/ou por sabermos que não estão ali
para nos fazer mal nenhum.</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Soluções ou receitas? Poderão,
de facto, não existir remédios milagrosos. Porém, com ingredientes como maturidade,
reflexão, calma, meditação, aceitação e sentido de humor ajudam na digestão dos
episódios bons e maus do percurso deambulante que é a nossa vida. Indo por aí, conseguimos
frequentemente ter momentos de tranquilidade, alegria e generosidade, pois faz
tudo parte e há sempre surpresas… No fim, assim, talvez vençamos todos.</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="margin: 0px 0px 11px;"><span style="font-family: Calibri;"> </span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; margin: 0px;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; margin: 0px;">(*) Psicólogo das Organizações / Gestão
de Recursos Humanos / Desporto / Orientação Vocacional</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; margin: 0px;">Leia todos os artigos na Internet em:
www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><br /></p>
</div>Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-16056162955355354922020-12-29T02:55:00.002-08:002020-12-29T02:55:51.792-08:00É TOP?
<p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOFa0yUTAqK1NEvpnNC9Sh0gxFMrUzwXd7WMnxcZtQByYBU8RyYg2D9oDAKxnYjZCIgsc2nBuq5qLzQ1D2bOFkzPzoB-RjTBEGPix35_vZZb_yujT1sSK26srUUQUkD-z5Zx1fEjtiJyKK/s2048/DSC_0004.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOFa0yUTAqK1NEvpnNC9Sh0gxFMrUzwXd7WMnxcZtQByYBU8RyYg2D9oDAKxnYjZCIgsc2nBuq5qLzQ1D2bOFkzPzoB-RjTBEGPix35_vZZb_yujT1sSK26srUUQUkD-z5Zx1fEjtiJyKK/s320/DSC_0004.jpg" width="320" /></a></div><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Hoje em dia, é muito usada a
expressão: “é top”. Antigamente, ouvia-se o mais “fixe”, “porreiro” ou o “altamente”
e eu confesso que o preferia. Tudo tem o seu contexto, é verdade, mas também tudo
tem implicações e algumas mensagens subliminares para a sociedade fluem deste
modo. Pode parecer uma picuinhice, mas passo a explicar a abrangência que aqui
julgo discernir. </span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Na minha opinião, “é top”
implica uma ação de comparação e hierarquização do objetivo ou fenómeno. Está a
distinguir-se os bons e os maus, elegendo uma elite. Para haver os “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">top</i>” tem de haver os “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">down</i>”, pois para haver o que está no
pódio também terão de haver os que não lá chegam. </span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Julgo que este sintoma
psico-cultural carrega um pouco como consequência um limite à variedade, ao
experimentalismo, à inovação, pois quem arriscar fazer diferente nem sempre “é
top” e a maioria das pessoas obviamente gosta da segurança e da aceitação, daí
muitas vezes se usar o que está na moda. A mentalidade do “é top” parece, por
vezes, algo inflamável do género “se não me dão o que eu quero, tomo uma
atitude radical”. </span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Vi há tempos que o músico
Salvador Sobral não tira, nem permite que tirem com ele fotografias tipo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">selfies</i>, sendo imediatamente criticado,
nessas cusquices de futilidades em que facilmente se tornam as redes sociais, acusando-se o
artista de ser arrogante e mal educado. Então agora manter o seu direito de
reserva de imagem pessoal já é presunçoso e “má onda”? Definitivamente, não
será “Top” com certeza…</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Como uma possível
contraposição (entre muitas outras expressões é claro), o “é fixe” soa-me muito
mais a apreciar, degustar, saborear, prezar, aproveitar, enaltecer sem julgar
ou denegrir, mais na linha do “está-se bem”, “na boa” ou “tranquilo” que também
se ouvem amiúde, nos dias de hoje.</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Ora, isto para dizer que, para
valorizar algo, não precisamos de, logo a seguir, desvalorizar outros tantos.
Às vezes, parece que temos vergonha de estar ali um tempinho a elogiar algo. Ficamos
atrapalhados e passamos logo a correr para uma zona de conforto a dizer mal de
outras coisas. Sejamos sinceros: não estaremos dessa forma a habituarmo-nos a
ter mais prazer a dizer mal do que a dizer bem? </span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Não quero com isto, de forma
alguma, desincentivar o espírito crítico, nada disso, mas acho importante que o
elogio num texto não seja apenas uma nota de rodapé e o que é certo é que,
tendo em conta a chamada imprensa sensacionalista, a má notícia rende mais
audiências do que a boa notícia. E também tenho de reconhecer que, em parte, ao
escrever este artigo também estou a dizer mal…</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Porque não passar algum tempo
(às vezes são só mesmos uns segundinhos no tempo certo) também a elogiar e a
usufruir das coisas boas, sem, contudo, deixar de atentar às coisas más e que
devem ser melhoradas? “É fixe”, sabe bem e faz bem! Se “é top”, isso já não
sei…</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;"> </span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">(*)
Psicólogo das Organizações / Gestão de Recursos Humanos / Desporto / Orientação
Vocacional</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%; margin: 0px;">Leia
todos os artigos na Internet em: www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com</span></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></p><p style="line-height: 150%; margin: 0px 0px 11px; text-align: justify;"><br /></p>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-33567259545395036262016-03-16T04:43:00.002-07:002016-03-16T04:43:48.759-07:00OS AMIGOS DA NET<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj51QZ1oM6_08izuhyFDCx_goCbyBdG2VRZ7YDR79rY_X7eq7Orbxi3ZaSpQ1Dr5KiRrVPHcs4nZPu0-LTDhUa-2W1Ka5K1FubMhieDxL3mtPtgYxzFsAKqoYQJWXOAUYtki1eMc52Ij24I/s1600/Paragkhanna.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="145" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj51QZ1oM6_08izuhyFDCx_goCbyBdG2VRZ7YDR79rY_X7eq7Orbxi3ZaSpQ1Dr5KiRrVPHcs4nZPu0-LTDhUa-2W1Ka5K1FubMhieDxL3mtPtgYxzFsAKqoYQJWXOAUYtki1eMc52Ij24I/s400/Paragkhanna.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">As novas tecnologias estão a
mudar a forma como os seres humanos trilham a sua vida em comunidade /
sociedade, com as naturais consequências. Pessoas distanciadas presencialmente
por longos kilómetros encontram solução através da interação via Internet, numa
forma de comunicação com regras, códigos e condutas próprias conscientes ou
inconscientes. É um tipo de comunicação distinto. A opinião geral é a de que é
bom e que dá jeito, mas que não é a mesma coisa que estar cara a cara.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Muito gente diz preferir
assim, pois deste modo o seu espaço é supostamente mantido, não há margem para
intrusos chatos, há tempo para responder e menos incómodo pelo não se estar à
vontade. Podem até dizer-se coisas a quem não se conseguiria uma oportunidade
para tal presencialmente e pode manter-se o seu mundinho pessoal fora do juízo
ou da pressão de um grupo na imprevisibilidade de um momento na hora.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Paradoxalmente, o grau de
exposição das vidas pessoais alargou-se, sendo que a meia dúzia de colegas ou
vizinhos coscuvilheiros pode expandir-se para os milhares e a invasão de
privacidade é transformada num conceito de nota de rodapé, fora de moda, algo
tacanho por alguém meio esquisito, pois se não se divulgar tudo o que faz,
pensa, sente… não se existe! É a regra deste jogo relacional. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por esta via, poderão surgir
os meros amigos da net, sendo que a distinção relativamente aos amigos da vida
real começa a ser mais confusa. E a diferença entre a vida publicitada na <i>net</i> e a realidade pessoal pode convidar ao
isolamento como proteção desse mito de vida famosa, uma espécie de
esquizofrenia digital.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É, na verdade, estranho ver
grupos de amigos numa mesa em que cada um está agarrado ao seu aparelho digital
sem noção de que estão a ser mal-educados e/ou a desperdiçar uma oportunidade
de conviverem. Há, no entanto, que reconhecer que outros caminhos de partilha são
assim gerados e a adaptação pode ser estimulante, porém a atenção central para
com a(s) outra(s) pessoa(s) é menos paciente e nem parece ser a prioridade.
Segundos focados num só ponto parecem horas desperdiçadas, pois tem-se mais que
fazer…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A questão é que nós sabemos de
tudo isto e mesmo assim… Apesar de se ter consciência clara de que não
substitui a partilha presencial, muitos de nós acham(os) algo encolhidos que,
pronto, já não é mau. No entanto, este “já não é mau”, por vezes, é tudo o que
fica e já nos estamos a acomodar a isso… Seja por falta de à vontade, tempo,
dinheiro ou até fascínio pelas infinitas potencialidades, estamos a tomar esta
opção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É que esta solução (ou escape)
está ali mesmo à mão, facilmente disponível, quase a qualquer hora e local, no
telemóvel ou no computador, uma tentação complicada de gerir tranquilamente, sem
adição pelo menos. É como se fosse um novo sentido a juntar à audição, visão,
paladar, tato e olfato. O nosso corpo já reage automaticamente a uma luzinha vermelha
no canto superior do ecrã no <i>Facebook</i>
ou ao som e vibração do telemóvel quando chega uma nova mensagem. Há como que
um convite ao condicionamento. Até parece impossível como as pessoas
antigamente vivam sem telemóveis, Internet ou TV Cabo…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Reparemos que até falar ao
telemóvel está progressivamente a ser ultrapassado pela troca de <i>sms</i> ou pelo uso de <i>net</i>, basta estar atento à evolução das ofertas nas campanhas
publicitárias. Será que daqui a uns anos a troca de mensagens escritas ou de
voz pode deixar a conversação em tempo real tão fora de moda ou potencialmente
obsoleta como os telefones de casa hoje em dia ou os telegramas antigamente?… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quando se começa a pensar
muitos sobre estas matérias e se chega a algumas dúvidas éticas, existenciais
ou humanas, apercebemo-nos que há já respostas prontas. Argumentos práticos
e/ou louváveis guiam-nos rumo a uma aceitação dada sua utilidade para a vida quotidiana. Este pragmatismo
tecnológico aceite socialmente faz com que os que não querem logo aderir aos
sempre mais recentes modelos, redes sociais ou outras potencialidades sejam
vistos como alheados info-excluídos que ainda vivem num século passado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Há já quem diga que não permanentemente
atento ao e-mail, redes sociais ou telemóvel é uma grave irresponsabilidade,
pois… pode acontecer… alguma coisa! Este medo da perda de controlo acerca da
prevenção e/ou rápida intervenção numa desgraça que pode eventualmente acontecer
é friamente aproveitado nas campanhas publicitárias das corporações com esta
área de negócio.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como facilmente perceberão, eu
estou reticente, até porque aprecio ficção científica cataclísmica. Costumo ser
dos últimos a aderir a novas tecnologias. É um defeito em parte, pois demoro a
perceber grandes oportunidades de criar e gerir tarefas de forma mais prática.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No entanto, o meu receio (eventualmente
um Adamastor) é o de, seguindo este processo, progressivamente assim nunca estar
desligado da Internet e isso perturbar ou até impedir-me de viver o ambiente ao
meu redor, de escutar pessoas com quem estou naquele momento e/ou até de
focar-me numa só tarefa até ao fim. E sim sinto que isso está a acontecer, já é
difícil “desligar”…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como final de história, devo
confidenciar que, após ser alvo de algumas ridicularizações por amigos mais
modernaços, especialmente o meu irmão que é dotados nessas artes, e de ter
feito algumas contas, vou cedendo às novas tecnologias… Acabo ou acabarei por
me render, apenas o fazendo mais lentamente do que outros. Pode ser mero
orgulho, mas continuo a achar que… Enfim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">(*)
Psicólogo das Organizações / Gestão de Recursos Humanos / Desporto / Orientação
Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Leia
todos os artigos na Internet em: www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-538182730530594852016-02-02T02:40:00.002-08:002016-02-02T02:40:36.684-08:00NÃO SEI, MAS QUERIA FAZER ALGO DIFERENTE (1ª parte)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5TzKRjbBGB29xwmtGU8iXf4MVe-Ak7zuyBzZvybqwnSFiuonq9mcWxw51vto88mhXxhZZGCi2IbCHcuNFLGISkpjhbk5ItQdLcLbuNmWPtIzQaeUvRtaiwWZhjM2dPwlzZNuHg82uhosa/s1600/fishoutofwater.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="262" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi5TzKRjbBGB29xwmtGU8iXf4MVe-Ak7zuyBzZvybqwnSFiuonq9mcWxw51vto88mhXxhZZGCi2IbCHcuNFLGISkpjhbk5ItQdLcLbuNmWPtIzQaeUvRtaiwWZhjM2dPwlzZNuHg82uhosa/s320/fishoutofwater.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Antigamente, a profissão
era, muitas vezes, herdada por tradição familiar, numa suposta continuidade de
características genéticas relativas a interesses e capacidades transmitidas de
geração em geração: “filho de peixe sabe nadar”. No entanto, com o avançar da
História, as tradições e mentalidades foram, inevitavelmente, mudando…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">As novas gerações, em
princípio, ganharam mais espaço para seguir os seus interesses e capacidades. Os
pais, embora de olho franzido, lá foram entendendo, em parte, o espaço de
decisão que os filhos teriam direito. Esta compreensão parental mais facilmente
foi surgindo quando às opções de vida apresentadas estavam associadas saídas
profissionais, salários e/ou até o estatutos sociais mais risonhos...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Esta nova liberdade de
escolha para a juventude trouxe obviamente também responsabilidades e nem tudo
foi um mar de rosas... Surgiram também entre os “novos” alguns focos de
sobranceria “chique”, pois os jovens passaram a olhar, com alguma vergonha,
para os labores tradicionais como algo associado aos “velhos”. Muitos tipos de
trabalho passaram a ser conotados como algo meramente familiar, local, fora de
moda e/ou pouco ambicioso numa sociedade moderna em se quer ser “fixe” ou “<i>cool</i>”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">O mesmo fenómeno ocorreu
quanto às tradições culturais das comunidades, que sendo transmitidas e
representadas (com algumas inovações também) durante décadas e gerações,
“emperraram” nestas últimas fornadas (das quais também faço parte). Dizia-se
que aquilo era um bocado “foleiro”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Ora, julgo que tudo isto
criou uma quebra de partilha de experiências, de interesse, de respeito e de valorização
cultural / ocupacional entre as várias gerações no nosso país. Deixou de haver
um fio contínuo. Isso prejudicou a (re)construção permanente de uma identidade,
quiçá orgulho, na singularidade que é viver em Portugal. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">E depois chegou a crise… Afinal,
este novo modelo de sociedade com cultura de “centro comercial” também tinha
faturas (não só económicas, mas também sociais, culturais, etc) e a situação
tem sido dramática para muitas famílias. Porém também boas oportunidades surgem
(genuínas e não de exploração) que mais à frente abordaremos…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">No que respeita ao mundo das
organizações, hoje em dia, o lema do emprego / trabalho para toda a vida tornou-se
dificilmente concretizável. Com os altos níveis de desemprego, é comum ter que
(mas também querer) mudar de trabalho, quer por necessidades do mercado, quer
por vontade pessoal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Por um lado, numa sociedade
de consumo e de negócios o que hoje dá muito dinheiro, amanhã poderá já ser
obsoleto. O binómio instabilidade <i>versus</i>
adaptação no trabalho constitui-se como regra (ou custo) fundamental deste jogo
de expansão / sobrevivência num mundo concorrencial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Por outro lado, muitas
pessoas quando são crianças ou jovens sonham fazer algo no futuro e acabam por
não ter oportunidade para o concretizar em adultos ou então até o conseguem
fazer, podendo, contudo, mais tarde estagnar numa rotina que esvazia o prazer da
realização dessas tarefas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Enquanto que algumas pessoas
conseguem reinventar-se, manter a “chama acesa” sem mudar de ofício e/ou acabam
por ter estabilidade externa / oportunidade laboral para isso, já com outras
isso não sucede e chegam a fases da vida em que se questionam sobre soluções
alternativas para o seu rumo profissional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Estes estados de
indefinição, como um limbo, podem suceder em qualquer momento, até mesmo quando
já se fizeram muitos anos de “desconto”. Também na passagem para a aposentação
/ reforma, surge a questão de o que fazer agora que se tem tempo. Mais do
mesmo, mas com um ritmo mais tranquilo? Ou coisas novas que sempre geraram uma
tímida (quiçá nunca assumida) curiosidade? Ou então algo completamente
diferente com que nunca, mesmo nunca, se pensou?...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">(*) Psicólogo das Organizações / Gestão
de Recursos Humanos / Desporto / Orientação Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Leia todos os artigos na Internet em:
www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-65885119858122162962016-02-02T02:38:00.003-08:002016-02-02T02:38:47.972-08:00NÃO SEI, MAS QUERIA FAZER ALGO DIFERENTE (2ª parte)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzaVWEZcwpzSRy-AVTcwnAAploIGgHc2FwygphsBcwOC1miS6iHeAubap7dXjXzFJ1_R67pEsOe1pNjm52T5FAJPzUFcukIdMa0mlbz5gnunE8EtDToX4K3KCS-Fb35zg5h-W_hMLJEo1C/s1600/DSC00032.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzaVWEZcwpzSRy-AVTcwnAAploIGgHc2FwygphsBcwOC1miS6iHeAubap7dXjXzFJ1_R67pEsOe1pNjm52T5FAJPzUFcukIdMa0mlbz5gnunE8EtDToX4K3KCS-Fb35zg5h-W_hMLJEo1C/s320/DSC00032.JPG" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Mais tarde ou mais cedo, por
iniciativa própria e/ou por imposição de outrem, pelo menos, numa altura da
vida adulta, uma pessoa reflete noutros tipos de atividades ocupacionais (seja
a tempo inteiro, a meio tempo e/ou para os tempos livres) que fogem à nossa
formação atual e/ou original. Fica-se a pensar: “será que podia fazer outra
coisa”?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Muito provavelmente pode
acontecer ou já aconteceu mesmo a cada um de nós. A tensão congela, os
pensamentos começam remoer e uma vozinha angustiada lá de dentro diz-nos: “deixa
lá isso, senão ficas triste com o que a tua vida poderia ter sido”. De facto,
se este movimento se fizer apenas assim tudo se torna somente assustador…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Porém a vida vai-se fazendo
como uma obra de arte em construção permanente. Às vezes, tem maneiras, para
além das desculpas, e outra vozinha mais desenrascada lá de dentro pode dizer-nos:
“e porque não”?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">A verdade é que este impasse
pode transformar-se num exercício interessante. Um desafio e uma oportunidade
para nos descobrimos mais a fundo, testarmos um pouco os nossos limites, porventura
explorar novas competências que não pensávamos poder desenvolver. Assim, sente-se
que se tem mesmo que fazer alguma coisa, mas… o quê? E com que ajuda se pode
contar?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Ora, numa reorientação
vocacional deste tipo, pouco depois tudo começa assim: “não sei, mas queria
fazer algo… diferente”. Trata-se de um processo que se inicia desta forma com
uma faísca que leva a um rastilho que gera uma fogueira. A necessidade aguça o
engenho e a vontade facilita a solução… Acima de tudo, nunca é tarde!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Frequentemente, muitos
talentos são assim revelados ou até apenas relembrados, pois há “pequenas” coisas
que gostamos de fazer já desde a infância e que nestas alturas se podem
transformar em projetos concretos de adulto. No fundo, talvez tenham até sido
as nossas vocações mais originais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Atenção que o mais comum é
termos várias vocações e não apenas uma. Devo alertar até que o fatalismo do
que “a vida poderia ter sido” por não termos seguido a “nossa real vocação”
contribui somente para desistir deste processo e com mágoa redobrada…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">O que normalmente acontece é
que uma pessoa adulta se dá conta que, por diversos motivos (financeiros,
saídas profissionais, proximidade de casa ou estatuto socio-profissional, etc),
até aquele momento de vida, outras vocações, que afinal tinha, foram postas de
lado no seu passado nas alturas de fazer escolhas (conscientemente ou não).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Mas
calma, querendo há sempre a tempo, pois provavelmente as coisas só acontecem
quando… têm que acontecer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">(*) Psicólogo das Organizações / Gestão
de Recursos Humanos / Desporto / Orientação Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Leia todos os artigos na Internet em:
www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-35920021276444572652016-02-02T02:36:00.002-08:002016-02-02T02:36:31.450-08:00NÃO SEI, MAS QUERIA FAZER ALGO DIFERENTE (3ª parte)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXTQY6beOCUmj4fYBRPLBBMONsXQtN6807kikt9uzhfvODqyXMHIRsrSF2F2siqzkujypxcAQT80JDW1NPokdXW0x4z_-RpL-Wa1NQjNER-dWTUnOYTKcV9GrkSB_ryesbvHEznAKdIGgV/s1600/2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXTQY6beOCUmj4fYBRPLBBMONsXQtN6807kikt9uzhfvODqyXMHIRsrSF2F2siqzkujypxcAQT80JDW1NPokdXW0x4z_-RpL-Wa1NQjNER-dWTUnOYTKcV9GrkSB_ryesbvHEznAKdIGgV/s400/2.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Não é raro conhecermos casos
de alguém que, citando alguns exemplos ficcionais, foi para médico, mas o que sempre
gostou mesmo foi tratar das vinhas, de alguém que foi para informática, no
entanto desde cedo demonstrou habilidade para costurar e criar roupa, de alguém
que foi para contabilidade, porém há muito que adora pintar e outras artes, de
alguém que foi para enfermeiro e que tem queda para a escrita ou teatro, de
alguém está num banco adorando atividades ao ar livre, de alguém que foi
meramente para “engenheiro” e que se delicia com trabalhos manuais com
madeiras, etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Curiosamente, numa situação
de crise económico-social, muitas pessoas têm que se dedicar a segundas vias
profissionais, acabando por descobrir ou redescobrir alternativas viáveis em
atividades para as quais, em crianças e jovens, já lhes diziam terem jeito. São
estas as <i>tais</i> boas oportunidades (genuínas)
que as crises trazem, fazem levar estas “maluquices” mais a sério e a dizer-lhes…
sim.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">É que no entusiasmo deste
novo balanço vocacional, as renitências por preconceito ou estereótipo em
assumir estes projetos de vida acabam por se desvanecer. Mais facilmente se
defende um labor que não tem tanto (pretenso) estatuto social se for o caso,
pois nesta fase já não se quer ser “doutor” nem “engenheiro” só por ser. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Já ouvimos dizer com orgulho
ou naturalidade, sem complexos, “sou mecânico(a)”, “sou pintor(a)”, “sou
costureiro(a)”, “sou jardineiro(a)” ou outra coisa qualquer, pois é o que se gosta
de fazer e mai(s) nada!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Nalguns casos, a mudança é mesmo
feita de armas e bagagens. Noutros casos conjugam-se atividades que já se faziam
com estas novas ou reacendidas paixões que se podem consubstanciar num segundo
trabalho / emprego ou num <i>hobbie</i> para
os tempos livres. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Não deixo de pensar que o
assumir, na idade adulta, destes sonhos ainda possíveis de realizar, pondo “mãos
à obra”, é um ato de comunhão com o passado pessoal (muitas vezes longínquo,
datando aos primeiríssimos anos de vida) de cada um e com as escolhas boas e
más que se fazem. Não desistindo de ir construindo o seu percurso, porque se
calhar era assim que tinha de ser…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">Há quem diga que as “velhas”
profissões estão a voltar, que a História é cíclica, que o tempo das “coisas de
plástico” está a passar e que as pessoas preferem confiar no que é caseirinho.
Talvez sim.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Eu considero que nos atuais movimentos
de reorientação vocacional, para além do benefício para a própria pessoa,
também a sociedade ganha. É que aprende-se a respeitar outras profissões,
outras gerações, outros tempos e realidades, outros estilos de vida, outros
passados, presentes e futuros… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Nesta perspetiva, o papel de
cada um de nós para contribuir para a sociedade é olhar para dentro de si e
(re)descobrir coisas para as quais tinha/tem jeito e fazer algo disso, fazendo
o exercício de análise sozinho ou com a ajuda de amigos, família e/ou de um
técnico profissional em entrevista e testes. Porque trilhar o seu caminho para
ser mais feliz vale a pena…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">(*) Psicólogo das Organizações / Gestão
de Recursos Humanos / Desporto / Orientação Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Leia todos os artigos na Internet em: www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-83599227678305979742016-01-14T08:38:00.000-08:002016-01-14T08:38:15.830-08:00“E CHAMEI CASA AQUELE LUGAR”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ifSo26eytKP_oxQQQitrYGiNVTUzCBpMRBs5Xe_8XcddSNXmkv9XcUgiv9auQ2tzzVsksGtK1ZWQckWJ85cRfc5Wwjz131QXDYuZcM1KXXqhRzKHLqzJtpz4FdP2l2DgxNNiRMvNA_Yx/s1600/piolho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="628" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2ifSo26eytKP_oxQQQitrYGiNVTUzCBpMRBs5Xe_8XcddSNXmkv9XcUgiv9auQ2tzzVsksGtK1ZWQckWJ85cRfc5Wwjz131QXDYuZcM1KXXqhRzKHLqzJtpz4FdP2l2DgxNNiRMvNA_Yx/s640/piolho.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quando
era pequeno, passei muitas férias de Verão na Praia da Tocha. Já na altura gostava,
mas sinto que com o passar do tempo a fui estimando cada vez melhor. É talvez
como aqueles cozinhados que em novos não sabemos apreciar e que à medida que
amadurecemos nos deleitamos cada vez mais. Puxando a metáfora para a realidade,
note-se em rodapé que ali se come o melhor picapau e mariscada dos arredores. Com
toda a sua tradição, gentes e beleza natural, a Praia da Tocha já por si é
especial para quem habita na Gândara ou por lá passa de vez de quando. Mas dentro
dela, existe um sítio diferente e é disto que vos quero falar… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Este
sítio merece destaque, entre outras coisas, se analisado numa determinada perspetiva.
Não sei se lhe devo chamar taberna, tasca, café, bar, associação social,
recreativa ou cultural, pois, enfim, acaba por ser tudo isso e algo mais. Falo
do “Piolho”. Para mim, este contempla o que de melhor existe num meio rural (aldeia)
e num meio urbano (cidade)! Passo a explicar…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Primeiro
a sua vertente do campo. Ora, tem aquela familiaridade de bem receber ou, se
preferirem, uma margem de inclusão que se nota em muitos detalhes como, por
exemplo, na facilidade do encontrar / cumprimentar quem não se vê há algum
tempo e mesmo quem (ainda) não se conhece. Saboreia-se uma conversa abrangente
pincelada com sorrisos, degusta-se a música ou deixa-se fluir o silêncio de
companhia. Lá é natural deixarmo-nos ir, estar, ser… O tempo passa noutro ritmo
e é este mesmo o seu segredo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sabem
quando se tem baixas expetativas ou má impressão sobre pessoas, por uma questão
de estereótipo ou preconceito, e depois se vem a descobrir que afinal têm
histórias, sentido de humor e sabedoria distintas? De facto, assim se encontram
muitas surpresas. Singularidades que vale a pena apreciar numa verdadeira sala
de estar gandaresa com uma abertura de mentalidades supostamente mais comum
noutras paragens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">“Garreias”
entre etílicos mais espampanantes e “bitaites” pouco galantes para a capital do
concelho por algum ego territorial mais carente de atenção também fazem parte
(já pouco frequente diga-se) do menu. E o que é certo é que neste contexto se acolhem
tranquilamente pessoas de todas as idades, origens e ofícios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Já
vi, por exemplo, pessoas que se estavam a levar demasiado a sério em gabarolices
a levarem “tacadas” humorísticas, na hora certa, para lhes “pôr os pés na terra”
e a responderem com um sorriso humilde de quem reconhece que “é justo, sim
senhor”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Agora
a faceta de cidade. Vejamos, tem aquela irreverência artística, o conhecimento
cosmopolita (há muita música alternativa que se conhece ali pela primeira vez).
Mesmo com a inevitável necessidade económica e, por vezes, comercial, quem o
“governa” (a incontornável Alice) continua a saber que o espírito da casa está
na diversidade, na coragem de trazer ofertas artísticas, sociais e culturais
fora da caixa, de longe, esquisitas, com gosto ou à procura dele. Abrem-se
portas a novos talentos e a artistas com reconhecida carreira em segmentos
peculiares que se deixam convencer pelo charme da praia, pela mística do lugar
e pela amizade sedutora das suas gentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É
certo que muitos detalhes são difíceis de explicar a quem nunca lá foi,
imaginem então por quem já lá vive há gerações… A verdade é que há coisas que
só se vivem na praia com a malta que lá se junta e o “Piolho” é um inevitável
ponto de encontro. Quando revemos pessoas e nos (re)lembramos das suas
sensações naturalmente sentimos, mesmo antes de dizer, "tenho saudades de
ir à praia e de uma noite no Piolho”. É que sabe bem…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Há
que deixar claro que a Praia da Tocha é mais do que o “Pilho”, é certo, mas o
espírito que liga as várias gerações da sua História atravessa aquela casa já
desde a primeira metade do século XX e transporta a sua herança para o futuro. Já
viajei por alguns países e conheço alguns lugares (poucos inevitavelmente) em
que senti uma magia parecida: Valparaíso no Chile, Nova Orleãs nos Estados
Unidos, Salta na Argentina, Isfahan no Irão, Dulombi na Guiné Bissau, São
Petersburgo na Rússia, Hoi An no Vietname, Ko Phi Phi na Tailandia, Amesterdão
na Holanda, Pádua em Itália ou Santiago de Compostela na Galiza por exemplo.
Invariavelmente, trata-se sítios de dimensão não demasiado grande, mas com acesso
a muita coisa, sem grandes confusões, com espaço para saborear o tempo e companhia
como se fosse uma música.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Uma
vez, estava na praia e começou a ver-se fumo na floresta do Palheirão. Um amigo
que estava comigo de imediato se levantou e disse-me “vou já a casa buscar o
trator para ajudar a levar água, pois pode ser preciso”. Grande Julião, o amor
pela praia vê-se em coisas destas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Conta-nos
a música de Jorge Palma: “e chamei casa aquele lugar”… E como se costuma dizer:
casa é onde mora o coração. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoPlainText" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">(*)
Psicólogo das Organizações / Gestão de Recursos Humanos / Desporto / Orientação
Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Leia
todos os artigos na Internet em: www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-57044492942815215532015-12-17T06:53:00.000-08:002015-12-17T06:53:27.893-08:00A RUA DO POÇO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKQRyWfzCg6OccjfTMRvzdNwIrTOT3E3Zw5XXEQwc1l-DFuqjDZQNy_5Xk1cSfFbNJ0An9mTy6dP4BNEc6oT0bAOvVDKhc6-znMQIEdKRsAqdfzxJzuZ4ROP_oAwhDxbuzKbrKDXZmOW_e/s1600/restaurante-o-gandarez-2-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="216" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKQRyWfzCg6OccjfTMRvzdNwIrTOT3E3Zw5XXEQwc1l-DFuqjDZQNy_5Xk1cSfFbNJ0An9mTy6dP4BNEc6oT0bAOvVDKhc6-znMQIEdKRsAqdfzxJzuZ4ROP_oAwhDxbuzKbrKDXZmOW_e/s320/restaurante-o-gandarez-2-1.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Facilmente nos damos conta
do ambiente de fácil integração que ocorre em comunidades pequenas ou médias,
como sucede numa aldeia. Nestes nichos, de uma forma geral, todos os vizinhos se
conhecem através de rotinas e rituais que os fazem sentir parte de um todo, com
uma identidade e valores próprios. Consolidam-se em espaços de convívio alheios
a pressas, onde se vai muitas vezes só por ir, para estar com quem anda por lá,
pois sabe-se que anda sempre por lá alguém conhecido ou que se passa a conhecer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Numa micro-sociedade em que
as crianças brincam na rua e os velhotes usufruem das tertúlias de bancos de
jardim, quem está sente-se parte de um todo e quem vem de fora (seja
estrangeiro ou nacional) é capaz de ser, mais tarde ou mais cedo, incluído,
embora naturalmente mais exposto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por comparação, numa grande
cidade é obviamente mais difícil ir a um local desta e sentir-se que se conhece
“toda a gente”. O distanciamento é o mais natural e os ajuntamentos dão-se,
mais provavelmente, por partilha de pontos específicos de interesse. Não se vai
só por ir, há mais ofertas, mais critérios, mais espaços, menos tempo, menos
paciência para conversas, mas eventualmente mais possibilidades de acesso a
muitas formas de cultura geral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ora, eu cresci numa vila /
pequena cidade, no caso Cantanhede, em que existe uma mistura destes dois
mundos. A minha “aldeia” sempre foi a minha rua com casas em banda contínua: a Rua
do Poço (atual Jaime Cortesão). Puxo pelas minhas memórias de infância deixando
que a caneta as coloque no papel ao jeito do final do filme “Cinema Paraíso”…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Recordo os sacos de pano com
pão às portas das casas de manhã, o som da passagem do amola-tesouras, a
alegria de ver chegar o carteiro, eu Vasquito a jogar à bola na rua com o Rui,
o Bruno, Nazé, os Pintos, o Marquito, o João Vidal ou até o Renato que tinha
ali os avós, as conversas de telenovela das comadres Ti Luz, Lucília, Naninha,
entre outras com a minha avó Santana, o meu avô que após os seus longos
passeios de bicicleta me levava a ver os jogos de damas no velho Bar Necal, a
papelaria da Manuela da família Camazão onde o meu irmão se sentava no degrau a
devorar banda desenhada quando ainda nem sabia ler, o meu pai a vir da caça, a
minha mãe a conduzir o seu <i>Diane</i>, o senhor
Arlindo dos caixões a chegar de bicicleta, o cumprimento diário “eh lé” do Ti
Mário Maduro, a tranquilidade do senhor Marques do Gás, a boa disposição da Linita
mãe do Kit Carlos e do Rui, o senhor Mendes que vinha da Suiça, o Amândio
sempre ligado ao ciclismo, a Dorinda a ir para a sua loja de roupa, os relatos
dos cruzeiros do senhor João, as novidades da música vindas da África do Sul
pelo João Vidal e o mítico “Zé das Bifanas” do Zé da Clara que sempre foi
animado ponto de convívio entre várias gerações…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com o passar dos tempos,
muita coisa mudou e pouca gente ainda lá vive... Contudo tenho a felicidade de lá
poder passar quase todos os dias e relembrar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Há tempos encontrei uma
vizinha (assim nos continuaremos sempre a tratar, de forma cúmplice e saudosa)
que me disse que havia um habitante novo na rua! Nada mais, nada menos do que
um rapaz que veio de Lisboa e que lhe disse que a sua avó morou naquela mesma
rua há 60 anos atrás! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quem sabe, se a Rua do Poço
não voltará a ser mais um exemplo de uma “aldeia” dentro do aglomerado urbano
mais vasto que dê “calor humano” a mais gerações? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Quero com tudo isto realçar
a importância da preservação dos centros históricos (das aldeias dentro das
cidades) para possibilitar o viver em comunidade, a criação de memórias
partilhadas, a vivência do dia-a-dia na sua rotina própria, pois, efetivamente,
é assim que a identidade de um espaço comum acontece. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">(*)
Psicólogo das Organizações / Gestão de Recursos Humanos / Desporto / Orientação
Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Leia
todos os artigos na Internet em: www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-65240473221805166742014-08-18T03:09:00.000-07:002014-08-25T09:02:26.649-07:00“VEMO-NOS LÁ ENTÃO…”<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEix3wx-dyMbp5N0H3o7pe0pRVDEk3Sab0OepB3g4TvSqowNdynzdMtIK61oJ1P58RLJfvls7uWfV5Xyo4RJMfzrEloUzXNyJMLQ26OdJSzVptf0xIC7rKyZDrEenc1mxes98ozhIYOHbGwo/s1600/2013527142524_Montagem_Expofacic_2013_2_portal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEix3wx-dyMbp5N0H3o7pe0pRVDEk3Sab0OepB3g4TvSqowNdynzdMtIK61oJ1P58RLJfvls7uWfV5Xyo4RJMfzrEloUzXNyJMLQ26OdJSzVptf0xIC7rKyZDrEenc1mxes98ozhIYOHbGwo/s1600/2013527142524_Montagem_Expofacic_2013_2_portal.jpg" height="180" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">De vez em quando, ao longo
das várias fases da vida, conhecem-se pessoas ou grupos que nos marcam, com
quem sentimos na base algo especial, genuíno, natural, descontraído, profundo,
entretido, como sentem as crianças enquanto brincam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Com alguns passamos
bastante tempo, com outros somente alguns instantes, mas aquele bem-estar e
compreensão é percecionado e esse, de facto, parece ser o ingrediente mágico
para haver uma ligação. Chamemos-lhe amor que, no fundo, se pode expressar de várias
formas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Quando estamos juntos,
sentimo-nos como somos ou, mais do que isso, como nos deixamos naturalmente
ser, sem termos a necessidade ou tentação de nos impormos ou publicitarmos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Aqui não há tanto espaço para
as máscaras sociais que a sociedade do estilo de vida de sucesso e para a
exposição do ego que lá no fundo sabemos ser um presente envenenado… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Pode, provavelmente mais
fácil e frequentemente, acontecer com pessoas que já conhecemos há muitos anos,
enfim, as tais amizades de longa data, de infância ou de juventude. Mas também
podemos sentir isso com pessoas de quem supostamente pouco sabemos ou até totalmente
desconhecidas que nos transmitem essa sensação de paz, de deixar fluir, de
(des)concentrar, desfrutar, meditar, contemplar…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Com as tais pessoas
especiais com momentos especiais para nós (e há inevitavelmente tantas),
partilhamos o desflorar do mundo que nos rodeia, utilizando numa frequência de
onda musical os nossos sentidos (visão, audição, tato, paladar e cheiro) e
talvez outros intuitivos e espirituais que o ser humano sempre abordou de forma
variada e metafórica, referindo-se contudo ao…mesmo. Seja conversando, seja em
silêncio, deixamo-nos ir, estar, ser…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Há quem diga que estes
tipos de relações interpessoais fortes são apenas possíveis de acontecer e de
manter num contato frequente, num local físico, cara a cara, olhos nos olhos, não
sendo possível de iniciar e até quiçá de continuar à distância, mesmo com
telefones e internet.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Devido à saudade das boas
memórias partilhadas, a procura mútua mais ou menos efetiva pelo reencontro é
um desafio com que salivamos cheios de ânsia, brilho e esperança. No entanto,
nem sempre é fácil de ocorrer, quiçá possível e pode considerar-se até nalguns
casos utópica. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Porém, não deixa de fazer
sentido, pois ajuda a manter boas recordações dos laços estabelecidos, é uma
quase-ilusão que preferimos manter, embora possamos reconhecer a sua pragmática
dificuldade com um bom sentido de humor que ajuda a digerir a provável angústia
em certos momentos em que estamos mais em baixo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">De facto, na maioria das
vezes, é difícil combinar para voltar a estar com alguns amigos que há muito
não se vêem. A agenda com local, data e hora não é fácil de encaixar e quando
se quer marcar alguma coisa quase sempre nem toda a gente pode.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">No entanto, por vezes nem
se combina nada e como que por magia a malta acaba por se encontrar toda com
uma suposta probabilidade de um num milhão! Às vezes é mesmo possível uma
pessoa ir sozinha sem nada marcado e encontrar alguém que de quem gosta e já
não vê há bastante tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">E há na minha terra (que
tem muitas coisas de que gosto e outras de que nem tanto, como qualquer lugar do
nosso planeta) um evento em que isto acontece… É a Expofacic em Cantanhede! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Não podemos esquecer que se
trata de uma festa de/para massas, com uma enorme variedade de públicos-alvo a
satisfazer, com alicerces populares e mesmo popularuchos nalgumas vertentes
como o <i>design</i> e a imagem... A aposta
em inovação nas áreas de negócio e na exposição do que é antigo têm sido mais-valias
históricas. Os condicionamentos espaciais e logísticos têm sido driblados, ano
após ano, por criatividade organizativa de enaltecer. Realmente, percebe-se o
espanto quando se fala no passado e se ouve dizer: “nessa altura ainda não
havia Expofacic”…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Não podemos esquecer que se
trata de uma festa de/para massas, com uma enorme variedade de públicos-alvo a
satisfazer, com alicerces populares e mesmo popularuchos nalgumas vertentes
como o <i>design</i> e a imagem... A aposta
em inovação nas áreas de negócio e na exposição do que é antigo têm sido mais-valias
históricas. Os condicionamentos espaciais e logísticos têm sido driblados, ano
após ano, por uma criatividade organizativa de enaltecer. Realmente, percebe-se
o espanto quando se fala no passado e se ouve dizer: “nessa altura ainda não
havia Expofacic”…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Quanto aos conteúdos em
mostra anualmente no certame, há que valorizar dentro de um variado (embora
também restrito) leque de gostos. Naturalmente, se nem tudo o que vem de fora é
agradável, também nem tudo o que é criado na nossa zona é necessariamente
interessante, mesmo que tenha o rótulo de tradição e/ou de estatuto reconhecido.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Já para quem está em
início de carreira e quer apresentar coisas novas, mesmo (ou, por vezes,
especialmente) sendo da terra, é complicado abrirem-se algumas portas,
nomeadamente no plano musical. De facto, julgo que será importante haver
oportunidades para apreciar temas originais e não <i>covers</i>, imitações ou dj´s que apenas repetem os sucessos da moda. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Felizmente, alguns passos
já foram e estão a ser dados, julgamos que não para “parecer bem”, mas sim como
desafio de seduzir mais um público-alvo (catalogado de irreverente ou
festivaleiro), que pode desfrutar de criações artísticas e passar palavra, ao
jeito de uma pequena “Serralves”... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Assim se pode sonhar,
sabendo que tudo acontece quando se cria o tal vínculo emocional de orgulho e
de pertença, de acordo com os valores e referências culturais de cada nova
geração. Enfim, quando se conquista a confiança para aparecer por lá, nem que
seja sozinho. A verdade é que o segredo tem estado sempre aqui… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O coração desta grande
festa reside no facto de ser um ponto de (re)encontro de gerações. É, acima de
tudo, por isso acontecer que esta festa foi, é e há-de ser sempre ESPECIAL para
todos os que cresceram neste concelho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">(*) Psicólogo das Organizações /
Gestão de Recursos Humanos / Desporto / Orientação Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Leia todos os artigos na Internet em:
www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-91968223600474070492014-06-20T08:29:00.001-07:002014-06-20T08:29:37.034-07:00NIVELAR POR BAIXO (2ª parte)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1-TJsCtyT-pepbwdJecdLZcv4fsRAUFAyMdui8aDk-dKlxJz620UXuGxXvX2kDJ0GsmZiZTJ7fbbmklVLbH3i0O5nmi9IHWXLGVSk2f05SWinKoatSfi_r8WqRAsVI8e2HAsKVY7j9RWp/s1600/r%C3%A3+na+panela.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1-TJsCtyT-pepbwdJecdLZcv4fsRAUFAyMdui8aDk-dKlxJz620UXuGxXvX2kDJ0GsmZiZTJ7fbbmklVLbH3i0O5nmi9IHWXLGVSk2f05SWinKoatSfi_r8WqRAsVI8e2HAsKVY7j9RWp/s1600/r%C3%A3+na+panela.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Atualmente, vivemos no
dia-a-dia num ambiente de crispação devido, por exemplo, à estimulação de preconceitos,
estereótipos, rivalidades invejosas e mesquinhas estre setores público e
privado, deixando as elites apenas a ver passar o cortejo. Surgem os
“queixinhas” a dizer que os outros têm mais migalhas do que eles e que esses
devem também ficar sem nada (em vez de juntos lutarem por mais de direito). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Frequentemente temos uma
sensação de que estamos numa peça de teatro com alguns personagens “coitadinhos”
moralistas que desejam secretamente um apadrinhamento superior que os devolva
ao lugar entre a classe alta que outrora foi seu. Crendo estes que o meio para
lá chegar será apregoar uma ética coletiva de masoquismo sofredor, porque
“assim é que é”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Por ignorância, tradição
social / familiar e/ou intenção manipuladora, passam-se várias frases feitas
que se dizem de cor, quase de forma automático, treinada, reativa. Nestes
momentos leves (que no conjunto traduzem algo bem mais profundo na sociedade)
dá a sensação que não se tem noção do conteúdo e no uso que dele poderá ser
feito em “nome do povo”. Uma imagem de facto vale por mil palavras e, às vezes,
um conto de ficção ajuda a esclarecer a realidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Então, certo<span style="background: white;"> dia, colocaram duas rãs numa panela e meteram-na ao
lume. Quando a água começou a ficar morna, ambas se sentiram relaxadas e
espreguiçaram-se para gozar aquela amena temperatura. No entanto, a água foi
aquecendo e uma das rãs, por instinto ou por cautela, decidiu saltar da panela
e voltar ao campo onde tinha sido apanhada. Em boa hora o fez… A outra, por
preguiça ou por comodismo (ou por pensar que a cozinheira até era boa pessoa)
foi ficando. O quentinho sabia-lhe bem e não estava para se incomodar. A água
foi aquecendo e a rã foi perdendo as forças e a vontade de saltar da panela.
Quando viu a sua vida em perigo já não tinha forças para se mexer e, por mais
que tentasse, acabou cozinhada…</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Ora, ao
aceitarmos esta subserviência, não tardaremos muito para nos convertermos em
escravos agradecidos e a ter vergonha, remorsos e/ou sensação de mau carácter
só de pensar em exigir que se cumpram acordos laborais prévios, direitos
sociais, a Constituição, a esperança de uma vida de cabeça levantada, a
liberdade… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif";">No caso
do trabalho por conta de outrem, seja no público, seja no privado, estamos a
chegar a um ponto em que parece que o salário é um favor, dádiva, esmola
oferecida pelo gestor. Ora, os patrões precisam tanto dos empregados como estes
dos patrões, muitos para continuarem com o estilo de vida a que se habituaram
legitimamente ou não. Afinal de contas, há alguma empresa que funcione sem
empregados?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Desde há
alguns anos que estamos a navegar na linha entre a abertura de mentalidades e a
tacanhez do antigamente, no que à qualidade de vida diz respeito. Esta batalha
que se tem vindo perder passo a passo institui na população, de forma massiva,
a ideia do “salve-se quem puder”, do “não confio em ninguém”, de cada um por
si…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Enfim,
traz o que de pior há no ser humano em desespero. É o nosso carácter e o legado
olhos nos olhos que passamos para as próximas gerações que que está em causa.
Não na vertente da imagem que damos lá para fora, mas sim da nossa verdadeira
essência, identidade, valores, alma…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">(*) Psicólogo das Organizações /
Gestão de Recursos Humanos / Desporto / Orientação Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Leia todos os artigos na Internet em:
www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-58343801937776968222014-06-04T04:00:00.002-07:002014-06-04T04:00:23.762-07:00NIVELAR POR BAIXO (1ª parte)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCzoFVdpnFUR78GJLJ6vkT_PfB8CZo8EW52TO2aI-9k28KeoVC3A_uI6PylbnUcSCGigMnlJ6BeKXm4d1cqn8YqjbLSbZXmY1Qr06EC-sav4Vgr3IjuEhyphenhyphenLBG4wcdv9Ks27lNhfgZoQq4J/s1600/Nivel_Profissional_de_Alta_Pre_34_20060_1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCzoFVdpnFUR78GJLJ6vkT_PfB8CZo8EW52TO2aI-9k28KeoVC3A_uI6PylbnUcSCGigMnlJ6BeKXm4d1cqn8YqjbLSbZXmY1Qr06EC-sav4Vgr3IjuEhyphenhyphenLBG4wcdv9Ks27lNhfgZoQq4J/s1600/Nivel_Profissional_de_Alta_Pre_34_20060_1.JPG" height="200" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Nos tempos que correrem,
vemos o argumento de equidade entre público e privado ser muitas vezes usado
por Governo e Troika, entre outras elites, para justificar cortes, quer num
lado, quer noutro, de uma só vez ou por fases. Enfim, o método parece simples,
estica-se a corda num lado para depois poder fazer o mesmo no outro, tudo em
nome da tal… equidade entre público e privado. Ficamos com a sensação ou pelo
menos com a desconfiança de estarmos perante um entretenimento de dividir para
reinar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">É como se pais dissessem
aos seus dois filhos que, por um ter um brinquedo e o outro não, a solução
seria pôr o brinquedo no lixo para ambos ficarem equitativamente…
insatisfeitos. Curiosamente, este argumento é só usado por quem manda nivelar
por / para baixo… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Por exemplo, numa altura
em que se discute o aumento do tempo mínimo de trabalho no setor público, não
será difícil adivinhar que, daqui a uns tempos, também as horas de trabalho no
privado poderão ser (oficialmente) esticadas… Depois virá muita gente dizer que
no público também se tem de apertar, seguida da anterior reação e assim
sucessivamente até chegarmos aos níveis de exploração do tempo de vida das
pessoas que se praticam em países asiáticos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">De facto não se trata
sequer de aumentar a produtividade, parece pretender-se somente baixar o custo
da mão-de-obra e prolongar o tempo ao seu serviço. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif";">Um facto simples parecer comprovar esta visão. Com o fim dos contratos coletivos
e as portarias de extensão, os trabalhadores do setor privado continuarão a
dizer “muita sorte tenho eu se tiver trabalho” e a ser mais facilmente “espremidos”.
Os colegas do público também o serão por outras vias como, por exemplo,</span><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> o esvaziamento de funções da
responsabilidade de funcionários públicos para justificar a extinção do posto
de trabalho e o consequente, melhor ou pior disfarçado, despedimento sem justa
causa e/ou, progressivamente, com ausência de indeminização…<span style="background: white; color: #222222;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Vale a pena recuar um
pouco no tempo e recordar que, desde os primeiros governos dos anos 70 pós 25
de Abril, a aproximação entre setor público e privado era um objetivo assumido
claramente, embora com aspirações positivas bem distintas… Na altura, o desafio
proposto era tornar o emprego no privado equiparado em dignidade e segurança ao
seu “irmão” público. Enfim, de forma genuína, procurava-se nivelar por / para
cima em termos de direitos e deveres. Apenas nas últimas décadas, o conteúdo
desta visão foi (propositadamente?) desvirtuado, o sentido desta aproximação
inverteu-se e agora a lógica parece ser apertar no privado e depois dizer que
os “malandros” do público têm de ir atrás… Ora, porque não se segue o rumo
inverso hoje em dia?...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Quando algum atrevido ou
ingénuo questiona o porquê de não se darem direitos (que não são privilégios, pois
também contêm deveres) que foram estabelecidos no setor público ao setor privado,
o que acontece? Há sempre alguém que responde “popularuchamente”: “pois, é só
direitos, só direitos, então e quem paga a crise”?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Esta estigmatização social
tem vindo a ser aproveitada e/ou estimulada pelos sucessivos Governos e pela troika,
porém as justificações dadas para o corte destas que seriam afinal as efetivas “gorduras”
do Estado (deixando de fora as verdadeiras…) colidem com alguns factos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Senão vejamos, o<span style="background: white; color: #222222;"> peso dos salários na despesa pública é
de apenas 20%, a maior fatia é concentrada em altos cargos (daí a média poder parecer
elevada para o comum cidadão, mas a moda não…) e a percentagem de funcionários
públicos na nossa população ativa é das mais baixas da União Europeia. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Diz-se que a<span style="background: white; color: #222222;"> riqueza é gerada pelo privado, mas
também há muita riqueza desviada pelo mesmo, acima de tudo, pelo “grande”
privado e não tanto pelos pequenos comerciantes, no que respeita aos números
redondos.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O argumento da recessão
e/ou da crise tem servido para tudo justificar, no que respeita a medidas
restritivas. Muitas pessoas (embora cada vez menos) têm sido levadas a assumir
como sua / nossa a culpa. Ouvimos e dizemos “nós portámo-nos mal, nós gastamos
muito, nós andamos a viver acima das nossas possibilidades”, saindo a elite nacional
e internacional verdadeiramente responsável de mãos lavadas no meio desta
cantilena ensinada com conivência dos media comentadores. Dividir para reinar à
boleia da crise…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif";">A
ratoeira perversa nesta argumentação é a de instigar que, no público e no
privado, nos convençamos que temos de dar graças para termos emprego e fazer de
tudo só para o manter ou arranjar, pois há que pensar na nossa família,
segurança, sobrevivência… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif";">O medo é
propositadamente criado para gerar obediência cega, para que façamos o que for
preciso para nos safarmos, nem que isso seja indigno, não ético, não produtivo
e/ou ilegal…quer nos demos conta disso, quer (ainda) não.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">(*) Psicólogo das Organizações /
Gestão de Recursos Humanos / Desporto / Orientação Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Leia todos os artigos na Internet em:
www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
</div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-41918863278202098522014-05-02T07:56:00.001-07:002014-06-04T04:00:45.070-07:00ESTAR NO TRABALHO MUITO TEMPO OU TRABALHAR BEM? (2ªparte)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfKQhQGzEWm8Yw0A4wVdT1YqfFbyzhI801GBRfIqM47f8UAYO9fJq3pSKHEQh7oSj1dBXJ9XZKM7UqwoFsVZzQwSnGc-d0B2FrA0R5-EJACybhh-BX4vO-a0qstt3pJznZuO1Ee6bKPtAT/s1600/organizaCAO+TEMPO.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfKQhQGzEWm8Yw0A4wVdT1YqfFbyzhI801GBRfIqM47f8UAYO9fJq3pSKHEQh7oSj1dBXJ9XZKM7UqwoFsVZzQwSnGc-d0B2FrA0R5-EJACybhh-BX4vO-a0qstt3pJznZuO1Ee6bKPtAT/s1600/organizaCAO+TEMPO.jpg" height="95" width="200" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Sejamos honestos e
realistas, a maioria das pessoas prefere trabalhar pouco tempo, mas bem, em vez
de muito tempo, contudo mal. Normalmente as águas separam-se mesmo assim.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">A questão aqui a merecer
que paremos um pouco para pensar não é, de facto, se se deve trabalhar mais ou
menos uma horita… É sim o princípio, o precedente, o rumo escolhido como
solução para qualidade de vida de uma sociedade, de toda uma civilização. Se
for regra, seja legal ou ilegalmente (que em muitos casos é o que acontece)
não. Se for uma exceção num imprevisto que sucedeu poderá obviamente ser aceite,
com bom senso, sustentada numa gestão séria e aberta. Isto desde que o azar não
se torne hábito…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Não importa se é uma,
duas, cinco, até poderemos trabalhar dez ou doze horas por dia legal ou ilegalmente
como se faz nalgumas empresas, zonas ou países ou quiçá regressar à escravatura
de 24 horas disponíveis para o patrão e/ou para colegas (infelizmente ainda
existe no nosso mundo e nalguns casos perto de nós por imposição, subserviência
e/ou bajulação). <span style="background: white;">A política do mal menor acaba,
muitas vezes, por ser a política do mal maior que não tem limites…</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Porventura, o que importa
será sim a forma como se trabalha durante o tempo laboral, não numa perspetiva
fiscalizadora do que supostamente é trabalhar “como deve ser”, mas sim numa
perspetiva de permanente procura da forma de rentabilizar recursos, atingir
objetivos ambiciosos e fazer diferentes, construindo valor acrescentado.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif";">É óbvio
que toda a gente deve procurar ser eficiente e fazer um trabalho com qualidade
e diligência. Não é de hoje, sempre foi assim. É uma questão de brio, o que não
deverá implicar nem deve ser confundida com a subserviência de ter que “estar
caladinho e fazer o que lhe mandam”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Chegando a este ponto da
análise, inevitavelmente falaremos do tipo de gestão, de lideranças, da
liberdade / autonomia individual e coletiva para poder fazer bem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">É fundamental e até
bastante simples estimular para a inovação, protegendo da eventualidade do erro
quem está na nossa equipa, pois importa ver o que falhou e não tanto quem
falhou, sabendo-se que os apontares de dedo levam ao jogar pelo seguro de fazer
mais do mesmo, mesmo que errado… De facto, quem não faz não erra e só se evolui
com as lições nunca mais esquecidas, aprendidas precisamente com… grandes
erros.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Vejamos um exemplo quando
as coisas correm bem. Quando, no dia-a-dia de trabalho, o trabalhador persegue
o cumprimento ou superação de objetivos (anteriormente negociados em consenso
com a sua chefia), não abandona situações/casos pendentes com clientes internos
ou externos e apresenta propostas de melhoria / inovações (não apenas para um
caso, mas para aspetos transversais) que julga terem boa probabilidade serem
ouvidas e aprovadas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Por estes caminhos,
efetivamente responsabiliza-se pela forma como fazemos as coisas e não pelo que
nos mandam fazer…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Indo um
pouco mais longe e talvez ao ponto essencial de todas as polémicas, será que o
foco no aumento do tempo de trabalho não serve apenas para escamotear efetivas
razões de falta de produtividade relacionada com uma pobre gestão nas
organizações portuguesas e falta de visão dos seus supostos líderes? Não
estaremos perante<span style="color: #222222;"> uma fuga da desresponsabilização
e fenómeno de bode expiatório?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Ora, se a relação entre
tempo de trabalho e produtividade poderá afinal de contas ser uma questão (de)
técnica poderá, assim, ficar um pouco desmistificada, não poderemos esquecer um
enigma já de índole mais civilizacional…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O trabalho, sendo mais ou
menos interessante, pode impedir-nos de ter tempo de... viver? Isto é, se
podemos antes ou depois do trabalho usufruir de tempo de qualidade com família,
amigos, educação, saúde, cultura, lazer, descontração, <i>hobbies</i>, férias, sono, simples descanso ou o que / como bem
entendermos?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Não nascemos só para
trabalhar, o tempo livre não pode ser um luxo, é um direito civilizacional e se
muitos não o têm há que lutar para que o possam ter ao invés de cortar a
direito e nos (auto)nivelarmos por baixo…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">(*) Psicólogo das Organizações /
Gestão de Recursos Humanos / Desporto / Orientação Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Leia todos os artigos na Internet em:
www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br /></div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-42365894693229255472014-05-02T07:54:00.001-07:002014-06-04T04:01:04.757-07:00ESTAR NO TRABALHO MUITO TEMPO OU TRABALHAR BEM? (1ªparte)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgggu1WQhFLPqYLeySm4n4ewAEt06x_ED0UXJzsBlSgvHdx5g4B3I0H__45gRmc2oWgDkCvyawQeWqqEdQ6NiU80QlXhEjFBiZ3X7XsYSOUFV_lZgpIWLKLjmOTrEh-KOQQvOQDcCnv1cAp/s1600/tempo+trabalho.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgggu1WQhFLPqYLeySm4n4ewAEt06x_ED0UXJzsBlSgvHdx5g4B3I0H__45gRmc2oWgDkCvyawQeWqqEdQ6NiU80QlXhEjFBiZ3X7XsYSOUFV_lZgpIWLKLjmOTrEh-KOQQvOQDcCnv1cAp/s1600/tempo+trabalho.jpg" height="149" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Nos tempos que correm, é
de conhecimento comum que o Governo e troika estão a procurar implementar o
aumento do tempo de trabalho em vários setores, para já com a colocação no setor
público do tempo de trabalho mínimo em 40 horas semanais que são o máximo legal
previsto para o setor privado. No futuro se verá o que mais…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Muita gente tem vindo a
afirmar que tudo isto poderá servir apenas para prolongar turnos, cortar no
pagamento de horas extraordinárias e justificar cortes de pessoal em setores importantes,
cuja eficiência e eficácia no terreno começam a ser postas em causa pelos
próprios utentes. Há também quem acrescente que mais horas no posto de trabalho
não vão significar um mais eficaz e eficiente serviço / atendimento<span style="background: white;"> aos cidadãos / contribuintes, indo contudo</span> <span style="background: white;">prejudicar a vida pessoal dos cidadãos e das suas
famílias que constituem, no fundo, o coração de uma sociedade.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O aumento da produtividade
parece ser o fundamento apresentado pelos autores das medidas, contudo as
consequências mais claramente visíveis apontam para o facto de se ir trabalhar
mais tempo por menos dinheiro (quer no público, quer após ou imediatamente no
privado).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Assim sendo, há que
procurar respostas claras a algumas perguntas de base. Em que medida trabalhar
mais ou menos horas por dia estará relacionado com a produtividade? Mais tempo,
melhor produção? 1 + 1 são 2, portanto o que é preciso é “trabalhar,
trabalhar”? Porém, terá a ver com o quanto se trabalha ou com o como se
trabalha? E para que trabalhamos? Serão tempo de trabalho, produtividade e
qualidade de vida compatíveis? É que não somos máquinas…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Relativamente
à produtividade, no senso comum nacional, são facilmente identificadas, em
conversas informais, certas crenças relacionadas com as possíveis razões para
uma suposta lacuna, detetada nos trabalhadores portugueses. Esbatem-se
argumentos que são precipitadamente tidos como científicos, que contêm
normalmente uma perspetiva de causa – efeito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Alguma
ligeireza é detetada quando são avançados, quase que subliminarmente, “factos
que parece que toda a gente já sabe ou devia saber” como a suposta “preguiça”,
qual característica genética dos portugueses, que só poderá ser contrariada com
“rédeas curtas”, no que aos direitos fundamentais de trabalho diz respeito.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Sem
pensar muito, encaixa-se facilmente a lógica de que “as pessoas são mandrionas,
por elas não fazem nada, só trabalham quando têm medo, portanto têm é que dar
mais tempo e temos que andar sempre em cima delas”. Há sempre quem diga que já
faz muito mais do que horas normais de trabalho por dia há bastante tempo e “qual
é o mal de trabalhar durante mais um bocado todos os dias?”.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Normalmente
a seguir a esta tomada de posição, a continuação do raciocínio varia entre:
“olha eu nem noto as horas passarem, pois gosto muito do que faço, é como se
fosse um <i>hobbie</i> e ainda por cima
recebo dinheiro por isso” (clara e infelizmente uma minoria – se existir a
efetiva liberdade de escolha), “que remédio, é assim na empresa, senão vamos
para a rua”, “não faz mal nenhum, pois isto tem de andar para a frente”, “se há
trabalho para fazer e prazos a cumprir trabalhamos as horas que for preciso,
podendo ou não ser compensados depois”, etc.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Então, independentemente
da fonte de motivação, trabalhar muito é sinónimo de trabalhar bem?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Faz lembrar a história que
um amigo me contou sobre o lenhador que se fartava de trabalhar, chegava a
serrar madeira 8, 9 ou 10 horas por dia, não tendo tempo para nada nem mesmo
para… afiar a serra (o que lhe permitiria produzir em menos tempo de trabalho).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Indo mais longe, se
considerarmos que <span style="background: white;">a produtividade hoje em dia
está mais fortemente correlacionada com a sofisticação tecnológica e não tanto
ao esforço físico e presencial humano, facilmente, poderemos pensar que se o
lenhador inventasse uma máquina de serrar inovadora…</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif";">Ora, em
Portugal as elites parecem querer manter o lenhador a trabalhar 8, 9 ou 10
horas e o resto não interessa… Mais do mesmo, quando, afinal, podia ser melhor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">(*) Psicólogo das Organizações /
Gestão de Recursos Humanos / Desporto / Orientação Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Leia todos os artigos na Internet em:
www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br />
<br /></div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-71647022008103044582014-01-14T06:11:00.002-08:002014-06-04T04:01:29.152-07:00PAUSAS NO TRABALHO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhii99dA3dnplp_H1sr3zTkObvj2pONCJPiCN3rWt-4twa5d3wZbkjX80fbJKoUG0FLOsuuKrrOy5b9UNzk_dIyex1_zOCDIf0pP9Bpzyy66lhV4usypQnR8Mlu5493hvbRbB8O146Auhq9/s1600/estresse-no-trabalho-buddha-spa-blog-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhii99dA3dnplp_H1sr3zTkObvj2pONCJPiCN3rWt-4twa5d3wZbkjX80fbJKoUG0FLOsuuKrrOy5b9UNzk_dIyex1_zOCDIf0pP9Bpzyy66lhV4usypQnR8Mlu5493hvbRbB8O146Auhq9/s200/estresse-no-trabalho-buddha-spa-blog-2.jpg" height="190" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Hoje em dia, num clima de
incerteza quanto ao futuro social, económico e cultural em que vivem várias organizações
públicas e privadas, a tensão e ansiedade acumuladas são grandes, bem como a
vontade de encontrar algo a que nos possamos agarrar para tornar útil e focada
a revolta que se sente de forma generalizada.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Neste ambiente
incandescente, muita gente distribui juízos e sentenças sobre direitos básicos
do comum cidadão como se fosse aí que estivesse a razão dos buracos financeiros
que a grande corrupção portuguesa e estrangeira criou. Muitas pessoas parecem
reafirmar o seu desejo de candidatura ao posto de capataz que urge, segundo a
sua postura, criar para pôr todos os mandriões na linha. Esta melodia arranhada
só é, ocasionalmente, engasgada quando algum atrevido questiona mais a fundo
sobre o seu efetivo conhecimento acerca da realidade técnica, humana e de
liderança associada às funções desempenhadas pelos visados…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Após um sonoro “chega para
lá” disfarçado de feitio, o timbre regressa mais robusto, apresentando como às
de trunfo o seu exercício voluntário de vigilância das práticas laborais para
com aqueles que andam ali, que não fazem nada e que deviam era ficar lá até à
noitinha.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Prossigamos nesta
perspetiva. Frequentemente quem (auto)louva e cobra o sacrifício de longas
horas de trabalho e quem “convida” os outros a terem semelhante postura só assume
para consigo mesmo que o real aproveitamento das longas horas de trabalho é, de
facto, muito relativo…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">É precisamente esta gestão
eficaz e eficiente do tempo de trabalho que pretendo, sem demagogias, com o
leitor conversar. Ora, mesmo tendo em conta a variedade de profissões, tarefas,
responsabilidades, prazos e objetivos, afirmar-se que se está sempre a
trabalhar é a provavelmente maior ilusão do mundo laboral em qualquer parte do
planeta.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif";">É certo que haverá quem diga que há abusos e
terá, em parte, razão, mas serão sempre casos pelos quais a restante maioria
não pode pagar, sendo injusto colar-lhe um rótulo. Não raras vezes quem aponta
o dedo é precisamente quem mais longas pausas faz (basta chamar-lhe outro nome,
quiçá… parte do trabalho).</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Há que ser honesto e
realista, é inevitável ter que se fazer pausas no trabalho para gerir o
cansaço. <span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #222222;">Vejamos. Nas escolas, as crianças e adolescentes têm aulas
com duração limitada de 50 ou 90 minutos, devido à necessária gestão do “picos”
de esforço, concentração e saturação. Obviamente que também os seres humanos
mais velhos precisam de parar de vez em quando, pois não somos máquinas que
trabalhem com afinação total ao longos de horas a fio.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif";">São necessidades efetivas quer em termos de
saúde (o que por si já é mais do que suficiente), quer precisamente em termos
de efetiva produtividade. A respeito desta última, sejamos claros, esta será
mais alta se o produto resultante for melhor e não necessariamente se se
estiver mais tempo por ali. É, de facto, preciso “respirar” um pouco, ficar
mais aliviado, poder regressar mais tranquilo ao trabalho e fazer mais e melhor
na sua organização, para render!</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Se é necessário pedir
desculpa por este “crime”, então rigorosamente todos teremos de o fazer, pois qualquer
pessoa o faz, quer o admita quer não. <span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #222222;">Quem disser que consegue estar sempre
ultra concentrado, não está a ser sincero… </span></span>Ou encaramos isto com
naturalidade ou nos iludimos na suposta proibição, acabando por incentivar
apenas um melhor ou pior faz de conta…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Por outro lado, parece que
só certos conteúdos são aceites socialmente para se ter permissão para uma
pausa, tais como… fumar! Então e quem não fuma? Fará<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #222222;">
sentido estar a averiguar o que se vai fazer no tempo legítimo de pausa para permitir
ou não que esta seja concedida? Será que uma pessoa não tem direito à pausa e o
que faz nesse tempo ser assunto seu? Senão qualquer dia toda a gente fuma ou
finge que fuma…</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Julgo que <span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #222222;">o que se
faz com esse tempo de pausa diz respeito à liberdade pessoal de cada um, seja
conversar, comer ou beber qualquer coisa, brincar com os colegas, cumprimentar amigos
ou simplesmente não fazer nada nesse curto período. Qual é o mal?</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif";">Indo mais longe, a efetiva necessidade de uma “permissão”
superiora é, na minha opinião, muito questionável, o que não quer dizer que a
pausa não possa ser comunicada e exercida em momentos que não ponham em causa o
serviço.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="background: white; color: #222222; font-family: "Arial","sans-serif";">Portugal é um dos países da União Europeia em mais horas se trabalha por
dia (ou está mais tempo no local de trabalho), mas com níveis de produtividade
por hora mais humildes. Por outro lado, os portugueses que têm de sair do seu país
são reconhecidos no estrangeiro pelas suas competências, criatividade e ânimo
no trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">(*) Psicólogo das Organizações /
Gestão de Recursos Humanos / Desporto / Orientação Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Leia todos os artigos na Internet em: www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
</div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-45375692191205746272013-11-29T04:16:00.001-08:002014-06-04T04:01:49.767-07:00FORMAS DE OLHAR O MUNDO (2ª parte)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_qPmQ37BzEa6xyoA9n9_9nvLvt-xiVrWP6dTP4nxtHZkOt9-uVG7H57hqQINzzioCWEqU52UebNHNk6FFo6XApZI61KltAMXA8fGBLYvmNS9tfxNBKrnqdksvOqu71wS84b_Z1iT_Fj2d/s1600/clark-kent-superman.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_qPmQ37BzEa6xyoA9n9_9nvLvt-xiVrWP6dTP4nxtHZkOt9-uVG7H57hqQINzzioCWEqU52UebNHNk6FFo6XApZI61KltAMXA8fGBLYvmNS9tfxNBKrnqdksvOqu71wS84b_Z1iT_Fj2d/s320/clark-kent-superman.jpg" height="176" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Na minha opinião, no que respeita à forma como vemos e
analisamos a dita realidade que nos rodeia, ninguém tem o poder / direito de
julgar a fotografia que é tirada por cada pessoa num dado instante. Tudo (ou
quase tudo?…) deve ser contextualizado, quer usemos as lentes da ciência, senso
comum / empírico, tradicional, herança familiar, religião, espiritualidade,
micro / macro do cosmos, entre outras formas.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Não deixa, de facto, de ser que lá está, seja esta
visualizada consciente ou inconscientemente com “óculos” aparentemente
racionais ou emocionais. Este respeito e tolerância são profundos e exigentes,
sendo, muitas vezes, necessário respirar fundo para compreender os outros
lados. No fundo, é a essência da nossa liberdade conjunta.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mas e se entrarmos num exagero seguindo meramente uma das
vias, seja a racional (Tipo 1) ou a emocional (Tipo 2)? E o que pode ser
considerado um exagero? Se for uma vez, se for de vez em quando, se for sempre
assim? Como e quem poderá avaliar isso e com base em que critérios? Tem a ver
com a frequência da utilização de um tipo de “óculos” ou com as suas
consequências? E quem tem o direito de o julgar? Apenas a própria pessoa?...</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ora, será importante não ceder à tentação de assumir um papel
paternal, superior, formatador e/ou endeusado, não fazendo avaliações que
possam ser preconceituosas a nível de estilos de vida e de crenças pessoais com
que não crescemos nem conhecemos / compreendemos nesse dado momento. Julgo ser
fundamental procurar não ultrapassar esta linha, pois cada pessoa tem (ou deveria
ter numa sociedade democrática) o direito de viver a sua vida como quer. Afinal,
será isso a efetiva liberdade…</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sendo assim, entre outras possíveis hipóteses, um dos
critérios que poderá fazer sentido utilizar será o risco de vida e o sofrimento
que a pessoa possa sentir. Se umas situações são claras e as próprias pessoas
decidem que / quando precisam de ajuda, outras não serão tanto assim e
poderemos cair no erro (seja por altruísmo desajeitado, seja por
conservadorismo intrometido) de pedir ajuda por elas…</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Efetivamente,
os “óculos” do Tipo 1 (racional) e do Tipo 2 (emocional) parecem constituir-se,
provavelmente, como duas visões imprescindíveis e complementare<span class="textexposedshow">s para se ser feliz e que poderão unir-se de modo
tranquilo. No entanto, não poderá existir o risco ou receio de se anularem?
Esta é uma questão muito interessante e desafiante.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por vezes, o produto dessa conjugação é o conflito. Porém,
poderá não haver razão para o temer, seja relativamente ao processo como ao
resultado. Ele apenas sinaliza que se está no momento de encontrar um novo
equilíbrio. Faz-nos verdadeiramente crescer ao termos contacto com estas duas
formas de “sentir” a realidade. No entanto, cada pessoa deve ter o espaço para
encontrar o (seu) ritmo mais adequado e aquele que se revelar mais confortável
e tranquilizador / inspirador para si… Não é, de facto, possível preterir o
Tipo 1 em função do Tipo 2 nem vice-versa.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Creio que o equilíbrio não poderá ser sinónimo de estar ali
permanentemente num meio termo que nem é uma coisa nem é outra, só porque
supostamente se “amadureceu” (como sucede a muitos adultos que, depois mais
tarde, querem voltar a sentir emoções fortes durante anos adormecidas). Julgo
que isso só por si ajuda, mas não basta para estar mais perto da saborosa
utopia que é a felicidade ou a sua procura. Seguir esse caminho, pode tornar-se
num pouco de tudo que acaba por ser quase nada, numa zona de ninguém, num
abdicar de se sentir mais um pouco, num hábito de não ser… Não.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Neste equilíbrio racional / emocional, há que permitir-se a
pesquisa mais profunda em ambos os campos. Não é suficiente que se faça apenas
num deles, isto seria um naufrágio de curto, médio ou longo prazo. É, de facto,
importante fazer algumas excursões individuais e/ou partilhadas mais longe,
umas viagens tranquilas a cada um dos polos. Tudo isto regado com um genuíno s</span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">entido
de humor relativamente a nós, aos outros e a tudo o que nos rodeia, assim se
libertará eventualmente muita tensão. Mas será que também nos tipos de sentido
de humor existirão diferenças de 2 ou mais tipos?...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">E, afinal de contas, qual é o mal em imaginar, sonhar e criar?
E qual é também o mal em ter os pés assentes na Terra? Não se trata, de facto,
da diferença entre Bem e Mal (não entrando nas dicotomias Céu / Inferno, mas
também não lavando as mãos como Pilatos, dizendo que é tudo igual e vai dar ao
mesmo).</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Compreendendo esta balança racional / emocional humana, podemos
questionar onde fica o livre arbítrio e flexibilidade para se / quando
quisermos mudar de “óculos”? Ou somos obrigados permanecer sempre com os mesmos
olhos que nós supostamente escolhemos? Afinal, somos o que fazemos ou fazemos o
que somos?<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">(*) Psicólogo das Organizações / Gestão de Recursos
Humanos / Desporto / Orientação Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Leia todos os artigos na Internet em:
www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
</div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-52131683463441601272013-11-29T04:12:00.002-08:002014-06-04T04:02:06.959-07:00FORMAS DE OLHAR O MUNDO (1ª parte)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT0Z0L7tT5ogzxllvGBuPTQq9rfh67M-M9gZujLoJ-gVjxT5vZGR0Bg68Oce18DAbRVcRVfjJVHargAYb5OQX93De5RPTmL0jP4TDEaivS2dedcf4uDnXLXb08y3d41XLe6ON7exaFoeiZ/s1600/oculos.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgT0Z0L7tT5ogzxllvGBuPTQq9rfh67M-M9gZujLoJ-gVjxT5vZGR0Bg68Oce18DAbRVcRVfjJVHargAYb5OQX93De5RPTmL0jP4TDEaivS2dedcf4uDnXLXb08y3d41XLe6ON7exaFoeiZ/s200/oculos.jpg" height="133" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Correndo o inevitável
risco de ser demasiado redutor na tentativa indutiva de estabelecer um padrão, no
que diz respeito a como o ser humano se relaciona com o mundo, parecem haver (pelo
menos...) 2 modos de olhar para as coisas conhecidas e/ou desconhecidas, do
micro ao macro, do concreto ao abstrato, do claramente visível ao resto…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sublinho
que eu (na verdade, acho que qualquer ser humano), por mais que tente (devido
ao nosso diabinho Ego), não tenho o direito de ajuizar como errada qualquer uma
delas. <span class="textexposedshow">Porém, como diria uma grande amiga “no meu
pouco entender”, parece-me que cada pessoa tem a sua análise racional /
emocional, do que a rodeia num dado instante, “sintonizada” predominantemente num
de dois tipos que a seguir tentarei apresentar. São dois tipos de “óculos” que
uma pessoa coloca para analisar a realidade.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com o Tipo 1 (racional), preferimos confirmar ou contestar
factos com os conhecimentos disponíveis em termos de acesso já criados pela
nossa ciência.</span></span><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> <span class="textexposedshow">Com Tipo 2 (emocional), preferimos procurar hipóteses baseadas
em relações, suposições, especulações com provas que se podem confirmar ou não
com a tecnologia disponível no momento (histórico, económico, político, até
religioso se lembrarmos a Inquisição).</span><span class="apple-converted-space"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ora, se com as “lentes” do Tipo 1 ganhamos pragmatismo e sensatez,
também poderemos, por vezes, cortar à partida algumas linhas de raciocínio mais
desenvolvido, relacional e criativo. Na linha do Tipo 2, encontramos muitos
génios injustiçados no seu tempo de vida (Galileu, Davinci, mesmo Einstein
porventura ainda), na maioria "silenciados ou ridicularizados" por
pessoas “sintonizadas” no Tipo 1 e também encontramos simples manipuladores ou
verdadeiros charlatões (na maioria também desmascarados por pessoas “sintonizada”
em 1).</span></span><span class="apple-converted-space"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Qualquer um dos tipos tem claramente vantagens e
desvantagens, sendo a grande variante a perceção do RISCO ou do que se entender
por mais ou menos arriscado, em função das consequências negativas ou positivas
que poderá trazer. É mais ou menos arriscado controlar ou soltar vivermos bem?</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Podemos optar pelo Tipo 1 supostamente mais seguro, mas
podendo cometer injustiças, crendo nós que temos toda a razão, ou podemos ficar
no Tipo 2 supostamente mais incoerente, mas que também dá mais possibilidades
de se fazer a diferença e dar saltos de conhecimento.</span></span><span class="apple-converted-space"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Há que sublinhar que falamos de momentos de análise, que
poderão, ou não, constituir algo mais enraizado, padrão e/ou regular. </span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">São
momentos, minutos, instantes ao longo da vida de uma pessoa na maneira como
analisamos situações. <span class="textexposedshow"><span style="background: white;">Optar
consciente ou inconscientemente, num dado momento, por uma análise Tipo1 ou Tipo
2, poderá ser uma questão de vontade, (pre)disposição, somo de critérios
ponderados, simples intuição ou enfim o resultado de um hábitos conscientes ou
inconscientes já adquiridos ao longo da vida de uma pessoa e da evolução de
espécie humana.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Não se trata de "uma pessoa
ser assim e outra assado". Pode haver é mais espaço, tendência ou
probabilidade para optar mais vezes por um caminho ou por outro...<span class="textexposedshow"><span style="background: white;"> Mas e quando se opta
claramente muito mais por um tipo do que pelo outro?</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span class="textexposedshow"><span style="background: white; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao longo dos tempos e de várias culturas, muitos nomes e
descrições têm sido criados para separar as águas nestes dois polos de </span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">neurose
/ psicose, dedutivo / indutivo, prático / teórico, juiz / irresponsável,
empreendedor / contemplativo, grave / agudo, dia / noite, etc…</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Demasiado Tipo 1,
tornamo-nos chatos, moralistas, cinzentos, juízes, supostos donos da razão
única e óbvia (assumindo ou não a sua inquestionabilidade), cansativos,
arrogantes no sentido de achar os outros maus ou burros. Demasiado Tipo 2,
tornamo-nos divagantes, inconsequentes, pouco práticos, desorganizados,
dificuldade na explicação simples por receio de ser redutor coisa que não
querem, relaxados, preguiçosos com o argumento das várias perspetivas,
arrogantes no sentido de achar os outros fechados e de vistas curtas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">(*) Psicólogo das Organizações / Gestão de Recursos
Humanos / Desporto / Orientação Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Leia todos os artigos na Internet em:
www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
</div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-53181736846420597712013-09-17T07:42:00.004-07:002014-06-04T04:02:21.031-07:00IR PARA FORA OU FICAR POR CÁ? (2ª parte)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglCbMGt3-Xc4SJR7elB_BAugh-nt1B88BDmJdgJ3jYUA9hyeGrnJl0BjtiYpgxsfL-FodMCDYL9tsjzfKL-UN5ggJ1T3X8fgiTp8Zhie9JbqHdqF3zKfzwa3yoOM3nZDI5otqyvnl6qhqQ/s1600/ir+para+fora+2+parte.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglCbMGt3-Xc4SJR7elB_BAugh-nt1B88BDmJdgJ3jYUA9hyeGrnJl0BjtiYpgxsfL-FodMCDYL9tsjzfKL-UN5ggJ1T3X8fgiTp8Zhie9JbqHdqF3zKfzwa3yoOM3nZDI5otqyvnl6qhqQ/s200/ir+para+fora+2+parte.jpg" height="200" width="151" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Indo
para fora</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">, há que optar por levar a família ou deixá-la no nosso
país (seja a pensar em mais tarde se reunirem no novo destino ou no regresso a
Portugal quando as coisas acalmarem).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Encontrar trabalho/emprego
por conta de outrem parece ser a inevitável solução inicial numa aventura deste
género por alguém de classe média e baixa (pois classe alta pode transferir ou
investir numa área de negócio por sua conta) por intermédio de pessoas
conhecidas ou pela internet.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Acresce ainda, dentro das
ofertas de trabalho encontradas, a escolha do país de destino parece dividir-se
entre duas grandes alternativas: ir para onde se possa ganhar dinheiro ou até
muito dinheiro para trazer e gastar lá pouco ou mesmo apenas sobreviver (“estar
lá sem lá estar mesmo”) ou então ir para onde a qualidade de vida também seja
importante (“estar lá para viver bem”). Qualquer uma das alternativas pode ser
ponderada em função ou independentemente de o plano ser ficar lá apenas por
algum tempo, muito tempo ou o tempo que for preciso.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A integração e acolhimento
no país de destino é também um ponto a ponderar com atenção e antecipação.
Ocupar postos de trabalho que ninguém quer (como sucedeu com muitas vagas
emigratórias portuguesas no passado) parece uma oportunidade mais tranquila
logo à chegada, geralmente exigindo qualificações mais simples, embora
normalmente seja mais duro para a saúde e menos rentável economicamente.
Aparentemente não trará rivalidade ou inveja profissional, embora possa levar a
uma vida de “pão e água” e isolamento em termos culturais, o que poderá dar
origem a fenómenos de segregação e discriminação por parte da população de
origem, sendo a nossa gente vista como cidadãos de segunda.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ocupar postos de trabalho
que cidadãos do país de destino também desejam é um fenómeno novo para a
emigração em massa de população portuguesa, mas mais provável dadas as elevadas
qualificações dos nossos ex-estudantes de ensino profissional e ensino
superior. Com estes currículos e tendo em conta que as empresas (seja em
Portugal seja no estrangeiro), podem querer pagar menos pelo mesmo serviço,
poderá suceder que numa situação de emergência pessoal ou familiar o nosso
emigrante aceite (ou sugira até) fazer trabalho que exija elevadas qualificações
a um preço mais baixo do que o cobrado pelos cidadãos que já lá vivem.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mesmo que o pagamento seja
igual, existirá inevitavelmente rivalidade profissional com os técnicos dessas
áreas que habitam na nação que acolhe. As reações podem ser várias. O recém-chegado
pode predispor-se para fazer tudo e a que horas o que for preciso tornando-se
um (auto)explorado para obter dividendos para comparações com os técnicos da
mesma área que já lá estavam. Podem contudo querer ser tratado de forma igual,
conseguindo-o ou não.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Se existir emprego e bom
salário para a maioria, em princípio, tudo bem, se deixar de ser assim,
problemas poderão surgir que podem levar a uma maior integração e união a nível
de sindicatos e movimentos civis que juntem os novos e os que já lá estão na
construção e reivindicação de equilíbrios sociais e laborais entre
trabalhadores e patrões. Porém, outras consequências poderão ocorrer a nível de
segregação e discriminação por parte da população de origem, podendo também (ou
não) a nossa gente ser vista como cidadãos de segunda. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">(*) Psicólogo das Organizações / Gestão de Recursos
Humanos / Desporto / Orientação Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Leia todos os artigos na Internet em:
www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br /></div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-86555042189651997552013-08-07T03:00:00.000-07:002014-06-04T04:02:29.150-07:00IR PARA FORA OU FICAR POR CÁ? (1ª parte)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsRkTeJ6N5xo07Gh3PbjmVBTbQzi2N2AFvX2ZS8HVapolpvYaM-v_YVWFhQ4KKKH3yL0RHL6MW9UJ2Ufo9hzhx8VrltOhAbDm6z66Tlg8ix2mV38aFa0xZnL4Ja9Kiqiav9sZlhbvPb3Ky/s1600/ficar+por+c%C3%A1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsRkTeJ6N5xo07Gh3PbjmVBTbQzi2N2AFvX2ZS8HVapolpvYaM-v_YVWFhQ4KKKH3yL0RHL6MW9UJ2Ufo9hzhx8VrltOhAbDm6z66Tlg8ix2mV38aFa0xZnL4Ja9Kiqiav9sZlhbvPb3Ky/s1600/ficar+por+c%C3%A1.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Neste momento, em Portugal
(embora não só) pessoas de várias idades e com ou sem família para cuidar têm
de escolher entre ficar no nosso país e sair para o estrangeiro à procura de
rendimentos para sustentar a sua vida. Uns vão por ambição de mais e de melhor,
outros por mera sobrevivência, outros ainda por razões de saturação
relativamente a mesquinhez de mentalidades… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Nestes momentos na vida de
uma pessoa, tem-se mesmo de parar para pensar, analisar o presente e tentar
prever cenários de futuro para tomar a melhor decisão ou, pelo menos, a
possível, no que respeita às condições laborais. Por mais que deixemos andar a
ver no que isto dá, com a conjuntura que atravessamos, a verdadeira questão,
mais tarde ou mais cedo, tem que ser encarada de frente, assim como o fizeram
no passado outras gerações : ir ou ficar?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ficando
cá</span></b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">,
há que manter ou arranjar trabalho /emprego, num contexto de escassas
oportunidades nos serviços e nas áreas de produção antigas e atuais. A
(deixarmos) continuar este modelo de exploração definido nas altas esferas
político-económicas, teremos que nos habituar a viver com salários
progressivamente mais baixos, na lógica de “é assim e mais nada” em que “ou
estás desempregado ou ganhas qualquer coisinha e já vais com sorte, pois senão
há mais quem queira”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Neste contexto, sindicatos
ou a associações de luta por direitos civis e laborais, com todas as suas
características organizativas e formas de luta mais ou menos eficazes,
continuarão a ser a única ameaça a este sistema de medo (por isso são os
maiores alvos de um maldizer mediático e cultural, carimbado por comentadores
televisivos do regime…). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No fundo, estas organizações,
com todas as suas virtudes e defeitos, ainda procuram, de forma genuína, que as
pessoas se unam para terem força para reivindicar condições mínimas/dignas de
trabalho e de vida e, por isso, são direta ou indiretamente atacadas… Ora
precisamente, pertencer, apoiar ou sequer simpatizar com estes grupos poderá
começar a ser (ou sempre terá sido?) assumido, abertamente ou não, por patrões
como motivo de escolha para pôr gente de lado ou na rua e chamar outros mais
caladinhos…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Com as medidas,
propositadamente destrutivas, ordenadas pela troika e pelo Governo, o mercado
interno português ao nível dos clientes usuais está a deixar de ser atrativo
mesmo para os reis dos hiper-mercados, sendo que também e principalmente as pequenas
e médias empresas do nosso país parecem ter que se resignar a uma sobrevivência
sem horizontes com as infra-estruturas a ganharem pó. Para estes últimos a fuga
aos impostos está a tornar-se “mais justificada” ou eventual e infelizmente
mais necessária, mas já não tanto pelos motivos das últimas décadas: mais lucro
para a expansão de luxos não declarados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Parece uma triste sina para
a vida futura em Portugal a previsão de que que tanto as pessoas com baixas
como altas qualificações serão mão-de-obra barata para empresas exportadoras
nacionais e, acima de tudo, estrangeiras. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sim, tal como que sucedia na
América Latina há alguns anos atrás (até os seus povos terem dito basta às
medidas de cobrança de dívida pelo FMI, como nos fazem agora…) e sucede, hoje
em dia, com a China, Indonésia, Rússia, Mongólia, entre muitos outros grandes
multinacionais chegam para se instalar como santos milagreiros do progresso ou
recuperação económica e geradores de emprego… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Feitas bem as contas, estas
corporações saltam de país em país à procura de onde se pague pouco ou nada de
IRC e outros impostos ao Estado, contrapartidas cada vez mais miseráveis para os
seus trabalhadores por 10 ou mais horas de trabalho diárias, sem direito a fins
de semana, a distâncias enormes de casa, ganhando meia dúzia de euros ou então
meras senhas de alimentação…<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Um novo tipo de escravatura
começa a ser mais claramente assim percecionado por toda a gente, deixando de
ser suposta teoria da conspiração esquerdista para passar a facto consumado,
quiçá já resignado. As “corajosas” privatizações das nossas grandes empresas (que
geram monopólios e não concorrência) e a vinda das empresas multinacionais,
geradoras de emprego que devemos agarrar com “unhas e dentes” e receber de
braços abertos, continuará a ser o tipo de investimento que os sucessivos
Governos nos têm vindo a impingir como solução final e única para a saída da
crise. Tudo isto celebrado como sucessos vitais para a tal salvação nacional...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">De qualquer forma, para a
nossa vida diária de cidadãos comuns, o desafio coloca-se em como gerir a nossa
vida com menos dinheiro. A nossa criatividade para planear e desenrascar vai
ser espremida ao máximo, assim como o risco de que o desespero leve à fuga para
a criminalidade… <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Claro que em contexto de
crise também surgem outras oportunidades de trabalho/negócio/lucro. Obviamente
mais para a classe alta que tem poder de compra de produtos/serviços que agora
estão a preço de saldo (veja-se, por exemplo, a queda brutal dos preços da compra/venda de habitação…).
Porém, a generalidade da nossa classe alta tem um baixo nível cultural e uma falta
de visão global de qualidade de vida numa comunidade, que não apenas no “bunker”
de Tio Patinhas em que quer viver, com as naturais consequências no tipo de
investimentos que fazem e no capital que deixam parado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">De qualquer forma, é um
facto que a crise económica e de confiança no investimento leva, por um lado, à
destruição de várias áreas e, por outro lado, à abertura de espaço para a
ascensão de outras. Quem “tiver olho” poderá descortinar oportunidades de
negócio e de emprego para a classe média e baixa (embora bem menos e no fundo
só para alguns destes).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No entanto o dinheiro que a
este nível circula é bem menor e talvez a troca direta de serviços seja uma
solução inevitável para fugir às armadilhas da ligação entre dinheiro e
qualidade de vida e… felicidade?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">(*) Psicólogo das Organizações / Gestão de Recursos
Humanos / Desporto / Orientação Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Leia todos os artigos na Internet em:
www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
</div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-79011130396805031002013-06-20T03:50:00.003-07:002023-11-15T03:19:12.820-08:00QUALIDADE DE VIDA E/OU FELICIDADE?<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr7BImlwZun8BR3Sbd3EDXfvL92ifFJG91Z4oPtkMCRCP3u9BMYK1Vn2JcTEKH2JVQg5rOJQmZuW4lpO-23450jac3ju5JSU7pOl2PG56pkjxiTYmG5XCf896hRdMFWjmxBKQQL_UuM3Od/s1600/Qualidade+de+vida+felicidade.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhr7BImlwZun8BR3Sbd3EDXfvL92ifFJG91Z4oPtkMCRCP3u9BMYK1Vn2JcTEKH2JVQg5rOJQmZuW4lpO-23450jac3ju5JSU7pOl2PG56pkjxiTYmG5XCf896hRdMFWjmxBKQQL_UuM3Od/s320/Qualidade+de+vida+felicidade.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Os meios materiais, tecnológicos, sociais,
económicos, culturais, entre outros encontram-se associados por diversos
estudos a uma melhor Qualidade de Vida, encontrando-se os países nórdicos no
topo do ranking. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A organização participada, a cidadania ativa,
os sonhos que passam projetos, o pensamento associado à ação, a reivindicação
atenta, luta envolvendo perseverança e/ou a geração de envolvimento da
comunidade parecem ser características presentes (em termos gerais e não
esquecendo que cada pessoa tem a sua história) em indivíduos que vivem nestas
zonas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">No entanto, porventura demasiada concentração
em tudo isto pode fazer (embora não necessariamente) com que uma pessoa não
crie no seu círculo mais próximo as condições aparentemente mais simples para se
ser feliz enquanto pessoa… Alguns têm altas taxas de suicídio.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">É importante referir que a investigação
científica (e também outras que não têm tal catalogação, mas que abrem vários
horizontes) sobre o conceito de Felicidade foca-se muito mais no prazer do gozo
da vida, no tranquilo aqui e o agora, em que os países da América Latina
parecem ser, segundo os dados analisados, os campeões. Vários estudos sobre
este conceito medem os diferentes graus através de perguntas tais como:
“Sentiu-se descansado ontem?”, “Foi tratado com respeito ontem?”, “Sorriu muito
ontem?”, “Aprendeu ou fez algo de interessante ontem?”, “Sentiu-se alegre e
feliz ontem?”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Daqui decorrentes, encontramos muitos conselhos,
de facto, práticos que parecem emergir como soluções concretas e agradáveis: a
referência e o elogio direto sem intenção de contrapartidas a pessoas ou coisas
de que/quem gostamos e orgulhamos, que nos fazem divertir, suavizar ideias;
definir objetivos, valorizar pontos positivos e diferentes que sucederam,
resolver de forma construtiva, criativa e simples problemas que se encontram no
caminho com os recursos que se tem à disposição sem pensar nos que se gostaria
de ter (retirando-lhes a carga de importância angustiante que lhes dá tanto
peso porventura indevido), adotar hábitos de vida saudáveis, etc. No fundo, o
foco principal parece estar, de forma concisa, na nossa esfera de controlo
pessoal.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Contudo, eventualmente podem parecer (ou não)
alternativas pouco consequentes a nível imediato enquanto resposta a grandes ou
pequenas questões sociais e económicas… Mas o que é certo é que os estudos de
Qualidade de Vida nem sempre medem, querem ou acham possível medir estas
variáveis ligadas à Felicidade… <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Isto pode fazer-nos compreender, em parte, por
que razão normalmente os países do norte da Europa são apontados como tendo a
melhor qualidade de vida e os países da América Latina como sendo os mais
felizes…<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por esta altura, talvez tenhamos mais questões
do que conclusões. Será que para sermos efetivamente felizes teremos que
abandonar o sonho de termos mais qualidade de vida ou a luta por não perder a
que ainda temos? A consequência de viver a nossa felicidade pessoal será forçosamente
tornarmo-nos passivos, escondermo-nos, resignarmo-nos,
desresponsabilizarmo-nos? Ou há mais opções?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Há que relembrar que indignarmo-nos,
protestarmos, lutarmos, envergonharmos os responsáveis têm sido formas
necessárias (talvez até justas), ao longo dos tempos, para atingir melhores
condições gerais de vida para a nossa sociedade. A Revolução Francesa é prova
de que o alcançar de um efetivo impacto social por estes meios é possível,
embora à custa de muito sofrimento também. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Porém, dado que estas causas sociais tão
abrangentes fogem (pelo menos em parte) à nossa esfera de controlo pessoal, acabam
por gerar muitas vezes emoções negativas frequente ou, quem sabe,
permanentemente. Então se seguirmos este trilho estaremos na prática a deitar
fora nossa chance de Felicidade? <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Seguindo esta linha de raciocínio, talvez não
valha a pena lutar por grandes mudanças sociais justas se o que se quer mesmo é
ser feliz? Isso que fique para os outros que não se importam de ser… infelizes?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por outro lado, podemos achar que quem pensa
assim talvez viva bem a fazer férias de luxo num resort rodeado de bairros de
miséria. Mas sejamos sinceros, será que a (in)consciência de “varrer para
debaixo do tapete” permitirá a um ser humano ser efetivamente feliz? Ou será
somente temporário, pois a nossa alma acaba por nos bater à porta, na forma de
pesadelos, ansiedades, depressões, sintomas psico-somáticos, etc…</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Mas não estar na linha da frente da luta pelas
grandes causas sociais pode não equivaler necessariamente a levar uma vida
fútil, materialista ou consumista. Talvez não se deva confundir alienação,
escapismo ou desresponsabilização com o direito da procura da Felicidade, pois
fugir ou evitar a dor não é seguramente a mesma coisa que estar tranquilo. Mas,
também aqui, como distinguir fronteiras por vezes tão ténues?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ora, paradoxalmente (ou não) ao longo da
História, figuras como </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Mahatma </span><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ghandi na Índia ou Martim
Luther King nos Estados Unidos da América provaram que as lutas por causas
sociais se podem fazer de muitos modos com enorme impacto na sociedade,
nomeadamente pela via pacífica através da desobediência civil não violenta,
baseada no argumento filosófico de que o cidadão só tem o dever moral de
obedecer as leis, se os legisladores produzirem leis justas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ao contrário da desobediência comum ou de um
mero ato de transgressão criminoso, a desobediência civil tem uma finalidade
social, constituindo um ato inovador, de caráter eminentemente construtivo e
não destruidor. Também aqui as fronteiras podem obviamente ser nublosas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Concluindo, será que é inevitável termos que
escolher entre ser felizes e ter qualidade de vida? É que parece tão difícil quanto
inevitável conjugar na prática a Qualidade de Vida com a Felicidade. Com um
olhar pragmático, parece infelizmente impossível. Com um olhar utópico, parece,
sem dúvida, o caminho correto a seguir. Qual é o equilíbrio afinal?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Como diziam os vencedores do Festival da Canção
em Portugal de 2012, afinal “a luta é alegria”… <o:p></o:p></span></p></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">(*) Psicólogo das Organizações / Gestão de Recursos
Humanos / Desporto / Orientação Vocacional<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Leia todos os artigos na Internet em:
www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
<br />
<br /></div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7596814797368228004.post-33758796206144416792013-06-17T03:53:00.003-07:002014-06-04T04:02:58.536-07:003. UMA PAUSA NO TEMPORAL (uma e outra perspetiva)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLroeQz7E3SbnJk5A8pv24hTOHfBh-eYfd5BZPoaVE7nBFEXNw4aHkOO6ab-MZsIM9iG09AgPZb4VyvoIRtvw7cwrooCiFETme9UYpVjmMR7sjCmsnlL3t5Due4S3g8GuHZilcXtrI27Fc/s1600/pausa+no+temporal+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLroeQz7E3SbnJk5A8pv24hTOHfBh-eYfd5BZPoaVE7nBFEXNw4aHkOO6ab-MZsIM9iG09AgPZb4VyvoIRtvw7cwrooCiFETme9UYpVjmMR7sjCmsnlL3t5Due4S3g8GuHZilcXtrI27Fc/s1600/pausa+no+temporal+3.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Há alguns meses atrás,
devido a condições meteorológicas anormais que assolaram especialmente a Região
Centro do nosso país, muitas áreas e populações ficaram sem luz, água,
televisão, rádio, telefone fixo, telemóveis e internet durante alguns dias,
nalguns casos semanas.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A precariedade da manutenção
das estruturais técnicas e logísticas da nossa sociedade e/ou o poder da mãe
natureza fizeram toda a gente sentir e pensar na fragilidade das condições de
vida que usufruímos.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por um lado, fez-nos pensar
nas injustiças sociais em termos de acesso a recursos essenciais que permitam
uma qualidade de vida da população e dos grupos económicos que com a “muleta”
de políticos interessadamente obedientes reservam apenas para uma elite o que
devia ser de todos.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Por outro lado, também nos
permitiu dar o exemplo de como nos podemos aproximar mais uns dos outros como
seres humanos. Não no sentido de intromissão ou invasão de privacidade, mas sim
na perspetiva de que temos necessidades, anseios, pontos em comum, levando-nos
a questionar o que será realmente mais importante nossa vida, o que nos fez/faz/fará
felizes.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Seguindo esta lógica de
análise, dois caminhos acabam por ser apontados a uma pessoa: lutar pelo que
pensa que é justo socialmente para a comunidade/sociedade e/ou desfrutar tranquilo
daquilo que na sua essência é e do que o rodeia.</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Ora, tendo em conta a
diferença, aparentemente grande, das emoções despoletadas nos momentos de luta social
e nos momentos de desfrute pessoal, poderemos colocar a seguinte questão ou
desafio: estas duas perspetivas distintas serão inconciliáveis? Serão água e
azeite que não se pode/consegue misturar?</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Teremos inevitavelmente que
escolher um caminho ou outro se quisermos chegar a algum lado na vida? Será que
quem luta por justiça se torna mais tarde chato, teimoso, intolerante, pouco
aberto a novos caminhos, impossível de aturar e de acalmar? Será que quem
desfruta tranquilamente se torna passivo, nada objetivo, alienado, desleixado,
irresponsável, “deixa andar”, egoísta? Será possível participar em revoluções e
também gostar de estar relaxado no sofá? Será isto demagógico ou coerente?</span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Apostar na luta pelos
direitos civis (quiçá inútil…) ou numa felicidade individual (quiçá isolada…)? Este
dilema remete um pouco para os estudos sobre os conceitos de Qualidade de Vida
e de Felicidade. Sim, parecem ser coisas diferentes…<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">vascoespinhalotero@hotmail.com</span></i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">(*) Psicólogo das Organizações / Gestão de Recursos
Humanos / Desporto / Orientação Vocacional<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Leia todos os artigos na Internet em:
www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com<o:p></o:p></span></div>
</div>
</div>
Vasco Espinhal Oterohttp://www.blogger.com/profile/14002928831061833232noreply@blogger.com0