Nos tempos de hoje, um adulto empregado, descontando o tempo em que dorme, está de férias ou usufrui do seu tempo livre, passa a maior parte das horas da sua vida no contexto de trabalho.
Assim sendo, acaba por ser, necessariamente, também aqui que expressa e molda os seus valores ao longo da sua vida. No trabalho, e, a partir do trabalho, para a sociedade, as pessoas dão e recebem os seus contributos, as suas responsabilidades, os seus direitos…
Quer se olhe para o lado (dizendo que com a crise não há tempo para pensar nessas coisas) ou não, o que é certo é que uma empresa, por exemplo, nunca é apenas um mero local de produção material ou intelectual… É, também, um local de aprendizagem de lições humanas e de exemplos que transportamos (quer queiramos quer não) para a nossa visão sobre os diversos contextos da sociedade e da vida no geral.
Esta influência social é inevitável. Porém, pode ser bem aproveitada e aí entra-se no campo da responsabilidade social das organizações no mundo do trabalho. Agarrar esta oportunidade passará inevitavelmente pela promoção de boas práticas a nível ambiental, de cidadania, de trabalho em equipa, inovação, etc, tendo em conta o tempo que uma pessoa passa no trabalho ao longo da sua vida.
Atenção que isto não tem rigorosamente nada a ver com pressões e censuras nas opções políticas de cada um! Não há aqui nada a confundir, reforço isto, pois muitas vezes estas dúvidas e mal entendidos levam a que as pessoas arranjem álibis, mal fundamentados, para se “livrarem destas coisas chatas” da sociedade e da cidadania…Há sim, aqui, uma fronteira bem definida que nos deve separar de outros tempos, assim o esperamos... Mesmo que patrões menos escrupulosos tentem misturar o trigo e o joio para se “safarem”…
Por outro lado, o tal envolvimento com a comunidade de que falava, por vezes, dá a sensação de ser algo de novo e de que apenas as escolas poderão ter acesso, no sentido de educar as novas gerações… Não concordo de todo com isso! E, por isso mesmo, sublinho a expressão aprendizagem ao longo da vida, pois a ideia de que “burro velho não aprende línguas” há muito que foi ultrapassada pela máxima do “saber não ocupa lugar”. Pelo menos assim o espero…
Sejamos claros, não é, de facto, somente quando somos novos que conseguimos aprender e ensinar! Torno aqui a realçar, neste caso o verbo ensinar, pois, com a, sempre crescente, onda tecnológica e métodos modernos (com os seus conteúdos interessantes, mas que também, por vezes, são mais formas ocas e palavreados caros para coisas já há muito inventadas…), fica-se com a sensação de que os “velhos” já não têm nada para ensinar à malta nova e que nem com ela conseguem já aprender, pois os ritmos são muito diferentes… Obviamente que isto não é verdade! Há, sem dúvida alguma, muitos conteúdos e formas positivas que podem e devem ser ensinados por quem tem mais experiência. Aliar a experiência do “terreno” à inovação com certeza que traz resultados bem melhores…
vascoespinhalotero@hotmail.com
(*) Psicólogo do Trabalho e das Organizações / Orientação Vocacional
Leia todos os artigos na Internet em: www.dosonhoaoprojecto.blogspot.com
Assim sendo, acaba por ser, necessariamente, também aqui que expressa e molda os seus valores ao longo da sua vida. No trabalho, e, a partir do trabalho, para a sociedade, as pessoas dão e recebem os seus contributos, as suas responsabilidades, os seus direitos…
Quer se olhe para o lado (dizendo que com a crise não há tempo para pensar nessas coisas) ou não, o que é certo é que uma empresa, por exemplo, nunca é apenas um mero local de produção material ou intelectual… É, também, um local de aprendizagem de lições humanas e de exemplos que transportamos (quer queiramos quer não) para a nossa visão sobre os diversos contextos da sociedade e da vida no geral.
Esta influência social é inevitável. Porém, pode ser bem aproveitada e aí entra-se no campo da responsabilidade social das organizações no mundo do trabalho. Agarrar esta oportunidade passará inevitavelmente pela promoção de boas práticas a nível ambiental, de cidadania, de trabalho em equipa, inovação, etc, tendo em conta o tempo que uma pessoa passa no trabalho ao longo da sua vida.
Atenção que isto não tem rigorosamente nada a ver com pressões e censuras nas opções políticas de cada um! Não há aqui nada a confundir, reforço isto, pois muitas vezes estas dúvidas e mal entendidos levam a que as pessoas arranjem álibis, mal fundamentados, para se “livrarem destas coisas chatas” da sociedade e da cidadania…Há sim, aqui, uma fronteira bem definida que nos deve separar de outros tempos, assim o esperamos... Mesmo que patrões menos escrupulosos tentem misturar o trigo e o joio para se “safarem”…
Por outro lado, o tal envolvimento com a comunidade de que falava, por vezes, dá a sensação de ser algo de novo e de que apenas as escolas poderão ter acesso, no sentido de educar as novas gerações… Não concordo de todo com isso! E, por isso mesmo, sublinho a expressão aprendizagem ao longo da vida, pois a ideia de que “burro velho não aprende línguas” há muito que foi ultrapassada pela máxima do “saber não ocupa lugar”. Pelo menos assim o espero…
Sejamos claros, não é, de facto, somente quando somos novos que conseguimos aprender e ensinar! Torno aqui a realçar, neste caso o verbo ensinar, pois, com a, sempre crescente, onda tecnológica e métodos modernos (com os seus conteúdos interessantes, mas que também, por vezes, são mais formas ocas e palavreados caros para coisas já há muito inventadas…), fica-se com a sensação de que os “velhos” já não têm nada para ensinar à malta nova e que nem com ela conseguem já aprender, pois os ritmos são muito diferentes… Obviamente que isto não é verdade! Há, sem dúvida alguma, muitos conteúdos e formas positivas que podem e devem ser ensinados por quem tem mais experiência. Aliar a experiência do “terreno” à inovação com certeza que traz resultados bem melhores…
vascoespinhalotero@hotmail.com
(*) Psicólogo do Trabalho e das Organizações / Orientação Vocacional
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