Por que razão têm as organizações públicas e privadas de apostar na educação cívica? Bem, porque, para além de melhorar a motivação dos seus funcionários, assim incentivam também a curto, médio e/ou longo prazo a produtividade e inovação.
Reparemos que não tem sido assim tão difícil e longa a mudança, por parte da população no geral, nalgumas áreas chave como reciclagem, por exemplo. Precisamente devido à sensibilização ter sido direccionada para todas as gerações!
Contudo é preciso apostar nisto mesmo e não entrar no jogo de dizer que é complicado e tal… O caminho faz-se caminhando e, na maior parte das vezes, chegamos ao final e dizemos que até nem foi assim tão difícil!
Uma coisa é certa: a visão que cada pessoa tem sobre o trabalho, em particular, bem como sobre a vida e sociedade, no geral, é apresentada e debatida, aprendida e re-aprendida no dia-a-dia laboral. Daqui a expressão: a verdadeira escola da vida…
Cabe assim dizer que esta aprendizagem vivencial não acaba, portanto, na “escola” do sistema educativo. Não é apenas nos “tempos da escola” que se formam valores, há mais vida para além desta fase… Assim, seguindo esta perspectiva, o mundo do trabalho deverá ter para os adultos o mesmo papel que a escola tem para as crianças e adolescentes: formar.
Se um miúdo sentir que as suas ideias são ouvidas na escola e que lhe dão a oportunidade de implementar os seus projectos também no mundo “lá fora” terá essa esperança e responsabilidade cívica para com os outros. Ora, exactamente o mesmo se poderá passar no trabalho numa qualquer organização!
Também as organizações (públicas e privadas) deverão ter esse papel relativamente aos adultos, garantindo com certeza retorno para si e para a sociedade em que estão inseridas. Se esta perspectiva vos parecer muito sonhadora, pesquisem sobre o funcionamento das melhores empresas suecas ou norueguesas…
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(*) Psicólogo do Trabalho e das Organizações / Orientação Vocacional
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